Empresário envenenado com brigadeirão queria se casar para deixar herança

'Eu também tenho que ter uma companhia, né? Se eu morrer amanhã, minhas coisas ficam todas para o Estado', disse ele a uma amiga em aplicativo de mensagens

Por Da Redação
3 jun 2024, 14h15
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Luiz Marcelo Ormond e Julia Pimenta: namorada é acusada da morte de administrador de imóveis. (Internet/Reprodução)
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O administrador de imóveis Luiz Marcelo Ormond, encontrado morto dentro de casa no Engenho Novo, Zona Norte, no dia 20 de maio, disse a uma amiga que pensava em assumir uma união estável com Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida por suspeita do crime, por não ter ninguém para deixar os seus bens, caso morresse. Antes do crime, ele ainda teria dito à ela que queria fazer tudo com calma, mas admitiu que Júlia estaria fazendo pressão para que oficializassem logo a união. “Não é nada para ontem não. Ela que está na maior pressão. Já foi lá no cartório na segunda-feira para ver negócio de casamento. Mas eu tô segurando. Eu não vou fazer nada pra ontem não. Até porque, tem que gastar grana pra fazer isso, entendeu?”, disse Luiz Marcelo, por um aplicativo de mensagens.

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“Mas eu também tenho que ter uma companhia, né? Se eu morrer amanhã, minhas coisas ficam todas para o Estado. Não tenho ninguém para deixar as minhas coisas”, acrescentou Luiz Marcelo, cujo corpo foi encontrado já em estado avançado de decomposição. A suspeita polícia investiga se ele foi envenenado um brigadeirão preparado com preparado com 50 comprimidos do medicamento Dimorf.

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“Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver, por cerca de 3, 4 dias. Lá ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, ela teria inclusive descido para a academia, se exercitado, retornado para o apartamento onde o cadáver se encontrava”, disse o delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), para quem o crime teve motivação econômica. Ela teria decidido matar Ormond depois que ele desistiu da união estável.”Isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada”, analisou o delegado. Júlia Cathermol já é considerada foragida da Justiça.

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