Estádio do Flamengo: prefeitura desapropria terreno no Gasômetro

Medida foi publicada no Diário Oficial nesta segunda (24); entre as obrigações exigidas do vencedor do leilão está a construção de centro de convenções

Por Da Redação
24 jun 2024, 11h52
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Gasômetro: projeto do Flamengo "um enorme investimento financeiro no local, capaz de ajudar na transformação de toda a região do entorno do novo estádio" (Prefeitura do Rio/Divulgação)
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Por meio de um decreto, a prefeitura do Rio desapropriou o terreno do Gasômetro, que pertence à Caixa Econômica Federal, na Zona Portuária, para que o Clube de Regatas do Flamengo possa construir o seu estádio. O clube vinha negociando há alguns anos com o banco e chegou a apresentar um projeto da nova arena, mas, em virtude do impasse nas conversas, o município decidiu intervir para garantir que o estádio possa sair do papel. A medida foi publicada no Diário Oficial desta segunda (24).

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“Sou um vascaíno apaixonado. Mas, antes de tudo, amo o Rio e a sua população. E a imensa torcida rubro-negra merece um estádio de acordo com a grandeza do clube”, disse o prefeito Eduardo Paes, acrescentando que o espaço, “que hoje é inútil para a cidade, se torne uma área onde serão realizados jogos de futebol e grandes eventos“. “O novo estádio ajudará a desenvolver a região portuária”, acrescentou. Paes afirmou ainda que entre as obrigações exigidas do vencedor do leilão estão a construção de um estádio, um centro de convenções e equipamentos.

Segundo o prefeito, trata-se de uma “desapropriação por leilão em hasta pública”, o que significa que o terreno será leiloado de forma judicial, com valor mínimo estabelecido e uma série de obrigatoriedades de quem vai construir no local. O valor arrecadado no leilão será repassado para a Caixa Econômica como forma de compensação pela desapropriação.

O terreno do Gasômetro tem 88,3 mil metros quadrados e fica ao lado da Rodoviária do Rio e do Terminal Intermodal Gentileza, inaugurado em fevereiro com o objetivo de funcionar como o maior integrador de transporte público da capital carioca, conectando os serviços do mais novo corredor de BRT da cidade, o BRT Transbrasil, aos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e dos ônibus municipais. A desapropriação de terreno privado por parte do poder executivo está prevista na Constituição, desde que haja interesse público e pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro.

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Em nota oficial, o Clube de Regatas do Flamengo se manifestou favorável à decisão da prefeitura: “Nosso projeto prevê um enorme investimento financeiro no local, capaz de ajudar na transformação de toda a região do entorno do novo estádio, valorizando em muito a área e entregando para nossa cidade um novo e moderno espaço, tanto de entretenimento quanto comercial”.

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