Clarice Lispector, Nelson Rodrigues e agora Marielle Franco

Estátua de bronze em homenagem à vereadora está pronta e deverá ser instalada ao lado da Câmara dos Vereadores do Rio

Por Redação
Atualizado em 12 Maio 2022, 14h07 - Publicado em 12 Maio 2022, 12h48
Foto mostra estátua de bronze de Marielle Franco com punho erguido
Marielle Franco: estátua de bronze tem a mesma altura da vereadora (Reprodução/@institutomariellefranco/Instagram)
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Com o punho erguido e um sorriso no rosto, numa pose de luta e também alegria, a estátua de Marielle Franco foi finalizada e em breve deve ser inaugurada no Centro do Rio. Feita em homenagem à vereadora do Psol, morta a tiros em março de 2018 junto ao motorista Anderson Gomes, a escultura de bronze tem 1,77 cm de altura e deverá ser exposta ao lado da Câmara de Vereadores, na Cinelândia. A data de inauguração ainda não foi divulgada.

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O responsável pela obra é o escultor Edgar Duvivier, de 66 anos, pai do artista Gregório Duvivier, também autor das estátuas de Clarice Lispector, no Leme, de Nelson Rodrigues, em Copacabana, de Nilton Santos, Jairzinho, Garrincha e Zagallo, no Estádio Engenhão, entre outras personalidades diversas.

A vaquinha virtual para a criação o monumento foi iniciada em março de 2021 pelo Instituto Marielle Franco, criado pela família de Marielle para espalhar o legado e defender a memória da vereadora. Todo o valor arrecadado foi destinado à compra dos materiais utilizados na peça – gesso, cera, ferro, bronze -, feita com uma técnica artesanal milenar.

Da meta de R$ 50.000, foram arrecadados R$ 39.300. Durante a campanha, miniaturas com quase 50 cm e 25 cm também foram esculpidas por Duvivier e vendidas, com parte do dinheiro revertido para a iniciativa.

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No site da campanha, o Instituto Marielle Franco alerta sobre a existência de 180 monumentos que homenageiam figuras racistas e escravocratas da história do país em diferentes cidades e a importância de valorizar personalidades que lutaram pelos direitos humanos.

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“Agora, vamos celebrar e erguer homenagens a quem perdeu sua vida por defender um mundo verdadeiramente justo e livre de toda forma de violência e opressão”, afirma a instituição, em texto. “Preservar esta memória é dizer que continuaremos sendo sementes de Marielle e que não irão nos interromper!”, declara em outro trecho.

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