No próximo domingo (2), é comemorado o Dia Nacional do Samba e o Rio será tomado por várias festividades em homenagem ao ritmo musical, com shows gratuitos e o tradicional Trem do Samba, que realiza o percurso entre Oswaldo Cruz e a Central do Brasil com muita música. Para curtir além da festa e aproveitar a batucada durante todo o ano, VEJA RIO selecionou os dez melhores lugares da cidade para ouvir e dançar o mais tradicional samba carioca.
Cacique de Ramos
Sob o comando de Renatinho Partideiro e do Grupo Cacique, todo domingo a animação é garantida com roda de samba e partido alto. Um dos blocos mais tradicionais da cidade, foi na quadra do Cacique de Ramos que surgiram grandes nomes do samba atual, como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Fundo de Quintal e muitos outros.
Domingos, das 17h às 23h. Rua Uranos, 1326, Olaria.
Glória do Catete
O Glória do Catete é um bar pequeno, mas com música de alta qualidade. A programação tem rodas de samba de segunda a sábado, sempre com um grupo diferente. O dia de maior sucesso é o sábado, quando a música fica por conta do Samba na Pedreira. Seus integrantes fazem uma roda com repertório de sambas mais antigos e de terreiro, com músicas de Herivelto Martins, Wilson Baptista, Noel Rosa, Silas de Oliveira, Cartola e outros bambas. Por conta das comemorações do Trem do Samba, este sábado (1º) não haverá roda, mas a programação volta ao normal na semana que vem.
Segunda a sábado, a partir das 21h. Rua do Catete, 68 ? Glória.
Samba da Ouvidor
Programa perfeito para uma tarde de sábado, o samba que acontece quinzenalmente na esquina das ruas do Mercado e Ouvidor é ponto certo para quem gosta de boa música. O repertório é escolhido a dedo e tem desde sambas tradicionais a músicas menos conhecidas de grandes compositores, como Walter Rosa, Monarco e Candeia. Quando chove, o evento é cancelado. A última roda do ano está marcada para o dia 22 de dezembro.
Sábados, a partir das 16h30. Rua Ouvidor (esquina com a Rua do Mercado), Praça XV, Centro.
Candongueiro
Quinzenalmente, o Candongueiro, antigo quilombo em Niterói, organiza uma roda de samba para ninguém botar defeito. A música começa às 22h, com chorinhos para esquentar para a batucada que vem a seguir. Depois, o samba vai madrugada adentro. O Candongueiro é o único lugar em que a roda acontece sem intervalos. A cada edição, o evento conta com um convidado de peso, como Dona Ivone Lara ou Velha Guarda da Portela. Como o samba é concorrido, é bom chegar cedo. Um domingo por mês também há feijoada com Wilson Moreira.
Sábados, a partir das 22h. Estrada Velha de Maricá, 1554, Pendotiba, Niterói.
Quintal do Pagodinho
Todas as terças, Zeca Pagodinho reúne os amigos para um pagode na Barra da Tijuca. Com a ideia de reproduzir as reuniões que fazia em sua casa em Xerém, na Baixada Fluminense, o sambista convida compositores e abre espaço para que outros artistas mostrem seus trabalhos. Os encontros, que acontecem no bar Píer Barra, já tiveram a presença de nomes como Alcione, Dudu Nobre e Arlindo Cruz.
Terças, a partir das 14h. Av. do Pepê, 40, Barra da Tijuca.
Samba Luzia
Todas as sextas e domingos, o Clube Santa Luzia recebe o projeto Samba, Luzia!, com roda de samba e convidados especiais. Já passaram pela casa bambas como Moyseis Marques, Teresa Cristina e Monarco. O terraço onde acontece a roda de samba, com 600 metros quadrados e vista para a Baía de Guanabara, é um atrativo a mais para quem for curtir a música.
Sexta, a partir das 22h. Av. Almirante Silvio de Noronha, 300, Centro.
Pedra do Sal
A roda de samba da Pedra do Sal acontece toda segunda e tem frequentadores fiéis. Localizado em um ponto histórico da cidade, aos pés do Morro da Conceição, o samba é democrático e músicos novos têm espaço para tocar na roda e cantar músicas próprias. Mesmo sendo em lugar aberto, o samba rola mesmo com chuva, pois há um toldo para proteger o público. Às sextas também tem música, com o Samba de Lei.
Segundas, das 19h às 23h. Próximo ao Largo de São Francisco da Prainha, Praça Mauá, Gamboa.
Samba do Trabalhador
Toda segunda, Moacyr Luz comanda o Samba do Trabalhador, considerado por muitos a melhor roda de samba da cidade. A batucada acontece no Clube Renascença, reduto do movimento negro carioca. A roda conta com treze músicos, que tocam durante cinco horas o que há de mais tradicional no samba. O evento começa cedo e é uma ótima forma de relaxar e começar em grande estilo a semana de labuta.
Segundas, das 16h30 às 21h. Rua Barão de São Francisco, 54, Tijuca.
Bip Bip
Ponto tradicional do samba na cidade, no Bip Bip o principal interesse da clientela não é a cerveja gelada, e sim a música de altíssima qualidade que rola por lá. As rodas de samba acontecem às terças e aos domingos e quem for lá conferir tem a chance de ouvir uma palhinha de grandes nomes da música. No Bip, sambistas profissionais se misturam a amadores para tocar por puro prazer. Bambas como Hermínio Bello de Carvalho, Paulinho da Viola ou Walter Alfaiate costumam bater ponto por lá.
Terças, às 21h30, e domingos, às 20h. Rua Almirante Gonçalves, 50, Copacabana.
Bar Vaca Atolada
O Bar Vaca Atolada, na Lapa, tem programação de samba e choro de terça a sábado. Os dias com maior público são as sextas e os sábados, quando dois grupos tocam das 17h30 às 2h da manhã. Sempre no primeiro sábado do mês, os sambistas do Mal de Raiz animam o bairro junto com a feira de antiguidades da Rua do Lavradio. O bar tem ainda uma máquina musical jukebox com um repertório especial, que contém a discografia completa de artistas como Noel Rosa, Aracy de Almeida, Adoniran Barbosa, Bezerra da Silva e outros bambas.
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