Sem desfiles, blocos e escolas promovem eventos fechados em ritmo de Carnaval

Explosão de casos da variante Ômicron do coronavírus cancelou eventos ao ar livre, mas ainda não há restrições à programação em locais fechados

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jan 2022, 16h30 - Publicado em 31 jan 2022, 16h30
quadra da mangueira
Mangueira: finalíssima do samba-enredo é neste sábado (7) (Cristina Indio do Brasil - Agência Brasil/Divulgação)
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Os desfiles da Sapucaí foram adiados para abril e os blocos de rua, cancelados, devido à explosão de casos da variante Ômicron do novo coronavírus. Mas isso não significa um carnaval sem folia: estão previstos diversos eventos em espaços fechados, inclusive alguns realizados por escolas de samba e blocos. Os especialistas da área de saúde, no entanto, demonstram preocupação.

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O período de 25 de fevereiro a 1º de março inclui eventos como o Festival Auê, no Armazém da Utopia, na Zona Portuária, com nomes como Duda Beat, Marina Sena e Silva. O Rolé do Carna, no Clube da Aeronáutica, no Centro, vai reunir Xamã, WC no Beat Poze do Rodo, entre outros.

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Já CarnaRildy, no Riocentro, traz na escalação de seus quatro dias nomes como Anitta, Thiaguinho, Ludmilla, L7nnon e Kevin O Cris. O Carnaval das Artes, no Parque dos Atletas, na Barra, apresenta Barões da Pisadinha, Luan Santana, Belo e Wesley Safadão, entre outros grandes nomes.

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As escolas de samba também têm programação para o período. A Viradouro marcou grito de carnaval no dia 26 de fevereiro, restrito aos componentes das alas de comunidade. Enquanto isso, a Mangueira vai realizar um viradão nos cinco dias de Carnaval.

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Presidente da Sebastiana, Rita Fernandes adiou o evento Casa Bloco, na Casa França-Brasil, para o mesmo período dos desfiles, em abril. Ela observa que é preciso todos irem na mesma direção, para tentarmos acabar com a pandemia de uma vez por todas.

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No entanto, ela faz uma ressalva: não adianta restringir apenas o carnaval, enquanto outras aglomerações acontecem normalmente. “Precisava ter uma conscientização não só do povo do carnaval, mas de todos os outros grandes eventos, porque o carnaval não pode ser punido. Se não tiver uma ação conjugada, das igrejas, dos frequentadores da praia, de tudo que aglomera, a gente nunca vai sair disso. E o carnaval vai ficar pagando essa conta”, critica.

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CEO da Fábrica, uma das empresas que realizam o CarnaRildy, Renan Coelho afirmou ao Globo que o evento ampliou a mão de obra contratada para garantir o cumprimento das medidas sanitárias, como a exigência do passaporte da vacina. “Num evento dessa magnitude, estamos alinhados com todos os órgãos, não só os sanitários”, garantiu.

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O presidente do Apresenta Rio, que reúne empresas de eventos, Pedro Guimarães, defende que os organizadores estão preparados para cumprir os protocolos. “Apostamos que a vacinação é grande passaporte para um mundo novo. E que os eventos podem e devem continuar, dentro de responsabilidades e cuidados necessários”, afirmou ele, que ressaltou: “É injusto dizer que as pessoas são contaminadas nos eventos e não no transporte público ou na praia. Precisamos tirar da berlinda os eventos como os responsáveis por gerar as grandes transmissões.”

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A pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, é contrária à permissão de eventos fechados enquanto o Carnaval oficial foi adiado. “A meu juízo, não faz sentido permitir eventos fechados que vão, sem dúvida, incorrer num risco enorme de transmissão. Então, minha posição é evidentemente de alerta, tendo em vista, inclusive, que não é plausível acreditarmos que todos os eventos terão controle adequado do passaporte vacinal, de controle de sintomáticos, de uso de máscara…”, frisou.

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