Flamengo é o bairro com o maior crescimento de vendas de imóveis no Rio

Glória e Botafogo ficam no segundo e terceiro lugares do ranking, enquanto São Conrado e Lagoa apresentaram as maiores quedas

Por Da Redação
Atualizado em 18 abr 2022, 17h28 - Publicado em 18 abr 2022, 16h28
Bairro do Flamengo
Flamengo: bairro da Zona Sul é um dos que teve bom desempenho nas vendas. (Pedro Kirilos/Riotur/Divulgação)
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Gol do Flamengo: estudo realizado com base nos dados de arrecadação de Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) da prefeitura mostra que, dos 8.841 imóveis vendidos no Rio no primeiro trimestre deste ano, o bairro é o que registrou o maior crescimento de vendas: 38%. Atrás dele estão Glória (+32%), Botafogo (+19%), Itanhangá (+15%), Meier (+6%) e Tijuca (+4%). Os destaques negativos foram São Conrado (-37%) e Lagoa (-35%). O levantamento – feito pela HomeHub, imobiliária que integra o Grupo Judice & Araujo – mostra que a cidade registrou 6,3 bilhões de reais em vendas de imóveis no período – uma queda de 8% em relação ao mesmo período do ano passado.

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A pesquisa analisou 27 bairros que, juntos, representam 84% do Valor Geral de Vendas (VGV) da cidade. Dezesseis deles ficam na Zona Sul: Botafogo, Catete, Copacabana, Flamengo, Gávea, Glória, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Leme, Santa Teresa, São Conrado e Urca. Nesta região, a quantidade de imóveis vendidos, entre janeiro e março, teve queda de 6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 1.947 unidades vendidas, com um VGV estimado de 2,5 bilhões de reais.

Segundo Fred Judice Araujo, economista e co-fundador da HomeHub, os números negativos revelam que o mercado na Zona Sul está desacelerando: “Apesar de a média móvel dos últimos 12 meses na Zona Sul permanecer em nível elevado, na casa das 800 vendas /mês, as médias móveis de três meses caíram de 682 vendas/mês em fevereiro para 649 em março. A média móvel de seis meses também apresentou queda, de 802 para 764 no mesmo período”, afirma ele.

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Na Zona Oeste, as vendas residenciais nos seis bairros analisados (Barra, Itanhangá, Recreio, Jacarepaguá, Freguesia e Taquara) tiveram queda de 22% no primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, somando 2.408 unidades, com aproximadamente 2,3 bilhões de reais de VGV.

As médias móveis de três, seis e 12 meses seguem em queda desde o pico registrado em setembro de 2021. Foi o sexto mês seguido de queda, mais do que confirmando a tendência de desaceleração das vendas. Depois de bater 1.191 em setembro, a média móvel de três meses chegou a 803 em março, enquanto a média móvel de seis meses caiu de 1.203 em agosto/21 para 895 vendas mês. Essas quedas seguidas já afetaram a média de 12 meses, que hoje está em 1.039 vendas/mês.

Já na Zona Norte, as vendas residenciais nos cinco bairros analisados (Grajaú, Méier, Tijuca, Vila Isabel e Jardim Guanabara) tiveram queda de 6% no primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, somando 868 unidades, com aproximadamente 455 milhões de reais de VGV.  “As médias de três e seis meses seguem em queda desde o final de 2021. A média móvel de três meses teve seu terceiro mês seguido de queda, saindo de 384 em dezembro para 289 em março, assim como a média de seis meses, que chegou a 385 em novembro e agora está em 337. Já a média móvel de 12 meses vem se mantendo estável na casa das 350 vendas/mês, mas deve começar a cair nos próximos meses”, analisa Araujo.

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