Luzes, câmera e Photoshop

Como ninguém sai feio em suas imagens, a fotógrafa Denise Leão virou a queridinha da alta-roda carioca

Por Melissa Januzzi
Atualizado em 5 jun 2017, 14h14 - Publicado em 9 jan 2013, 16h03
foto: Fernando Lemos
foto: Fernando Lemos (Redação Veja rio/)
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É só Denise Leão pôr os pés em um evento social para que as convidadas endireitem a postura e abram seu melhor sorriso. Especialista em registrar desfiles e lançamentos de coleções de moda, a loira de 45 anos é a fotógrafa preferida da alta sociedade carioca ? um ambiente do qual ela mesma sempre fez parte. Nas imagens que produz ninguém sai com pés de galinha, olheiras, rugas no pescoço nem marcas de expressão. Democrática, ela simplesmente quer que fiquem lindas todas as mulheres que entram no foco de suas lentes. “Já fui até chamada de bruxa quando uma amiga viu quanto havia rejuvenescido na foto”, diverte-se Denise. Fanática pelos programas digitais de tratamento de imagem, em particular o Photoshop, ela não se incomoda de passar horas à frente do computador retocando rostos. “Eu dedico pelo menos um dia a essa etapa final do trabalho”, explica.

fotos: Denise Leão
fotos: Denise Leão ()

Quem vê Denise apertando o disparador da inseparável Canon 5D Mark III (uma câmera de 10?000 reais) se surpreende com sua desenvoltura. Sempre elegante e com uma conversa agradável, consegue com facilidade o que outros fotógrafos se esforçam muito para alcançar. Recentemente obteve em um evento na Hípica um raro registro do cavaleiro Álvaro de Miranda Neto, o Doda, marido da bilionária Athina Onassis, que detesta ser fotografado. Os cuidados que costuma dispensar à imagem do retratado também ajudam a abrir portas. “As pessoas já sabem que com ela ninguém sai feio na foto”, diz a consultora de moda Angela Hall (veja dois exemplos ao lado).

O trabalho de tratamento e intervenções em imagens exige um considerável aparato tecnológico. Para isso, Denise mantém um miniestúdio, computadores e softwares de primeira linha em seu apartamento na Avenida Vieira Souto. Sua estreia na carreira aconteceu em 2011, estimulada pelo amigo João de Orleans e Bragança, descendente da família imperial, ele mesmo um especialista em retratos e paisagens. “Ela tem uma qualidade fundamental para esse trabalho: é extremamente detalhista”, diz ele. Antes de sair clicando pelos salões e tornar-se especialista em retoques digitais, a fotógrafa desenhava vestidos de festa para meninas de 4 a 10 anos. Agora, em vez de embelezar as filhas da elite carioca, ela deixa mais bonitas suas mamães e vovós.

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