Um balanço do G20 no Rio: Aliança Contra a Fome é vitória brasileira

Outro gol da diplomacia verde e amarela foi conseguir manter texto que havia sido alinhado entre países na declaração final da cúpula

Por Da Redação
19 nov 2024, 15h49
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Encerramento do G20: Lula passa a presidência da cúpula para o presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul. (Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação)
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O Brasil marcou dois gols na Cúpula do G20, que acaba nesta terça (19), no Rio. Depois de na segunda (18) ter conseguido o compromisso de uma aliança global contra a fome e a pobreza, firmado por 82 países, também manteve a declaração final dos líderes como o que havia sido alinhado entre os países ao longo do ano. A declaração, igualmente divulgada nesta segunda (18), é considerada uma vitória bem demarcada da diplomacia brasileira – até porque isso não acontecia há dois anos. Sobretudo, por conseguir alinhar um ponto de entrave entre os países europeus sobre os conflitos e guerras em curso.

+ O que é a Aliança Global contra a Fome, prioridade do Brasil no G20

Em 24 páginas, com 85 parágrafos, o documento reitera que resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) devem ser respeitadas, enfatiza as consequências humanitárias de conflitos como na Ucrânia e na Faixa de Gaza, condena o uso da força contra a soberania dos Estados e defende soluções diplomáticas e de paz, além de reafirmar o apoio a uma solução de dois Estados para o conflito Israel-Palestina. A situação na região foi considerada “catastrófica”.

Dois pontos provocaram discussões finais dos líderes. O bloco de países europeus do grupo intensificou a pressão para reabrir as discussões sobre o texto final com o objetivo de endurecer o posicionamento do bloco sobre o conflito entre a Rússia e Ucrânia. A pressão aumentou após os últimos bombardeios russos contra o território ucraniano. De última hora, houve a inclusão de duas palavras em dois parágrafos, com o aval final de todos. Um dos pontos foi incluir a palavra “infraestrutura” no item 7 do texto, que condena os ataques a “civis” em guerras.

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Apesar de divulgar uma lista de ressalvas, o presidente da Argentina, Javier Milei, também aderiu à declaração. Havia dúvidas sobre a concordância do argentino em temas como a taxação de super-ricos e igualdade de gênero, devido a discordâncias anunciadas.

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