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Guilherme de Carvalho coordena projeto da OPES

Ele está à frente da Academia Juvenil da Orquestra Petrobras Sinfônica

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 8 abr 2017, 00h00 - Publicado em 8 abr 2017, 00h00
 (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)
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Os encontros acontecem uma vez por semana na Fundição Progresso. Na Lapa, jovens oriundos de escolas de música e orquestras comunitárias da região metropolitana do Rio têm aulas individuais de seus instrumentos com profissionais da Orquestra Petrobras Sinfônica. Dirigido a alunos de 14 a 20 anos, o projeto Academia Juvenil é comandado há cinco anos pelo maestro Guilherme de Carvalho. “É a nossa contrapartida para a sociedade”, diz o professor, que também rege a Orquestra AfroReggae. “O projeto nasceu porque identificamos uma necessidade. Vimos que muitos desses estudantes não tinham como superar as lacunas na formação para conseguir ingressar numa faculdade de música”, explica Carvalho, que através de parcerias com ONGs e cursos garantiu serviço odontológico e aulas de inglês a todos os inscritos.

“Vimos que muitos estudantes não tinham como superar as lacunas na formação para conseguir ingressar numa faculdade de música”

Com duração de dois anos, o curso abre vagas a cada seis meses. A seleção é feita por meio de uma audição pública e a única exigência é que o candidato esteja estudando. Os aprovados têm direito a material didático, alimentação e, em alguns casos, transporte. “Nesses cinco anos, alguns ex-alunos se tornaram monitores da academia, outros tocam em casamentos, formaram quartetos. Deram um salto social importante”, comenta Carvalho, animado com os resultados. Mesmo assim, ele não gosta de tratar a academia como um projeto social. “Nosso olhar é voltado para a questão educacional. No ano passado, todos foram aprovados no vestibular para faculdades de música. Esse é o nosso foco”, afirma. “Além disso, o fato de uma ação educativo-artística atravessar um momento de crise política e econômica, como a que estamos vivendo, é um ato de resistência”, acredita.

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