Horta em casa
Dicas de ervas e outros temperinhos para você plantar no conforto do seu lar. E ter sempre a mão na hora de cozinhar
Falta uma salsinha no omelete? Ou que tal dar um toque especial ao molho de macarrão com um punhado de manjericão fresquinho e perfumado? À noite, um chá de camomila para acalmar e dormir bem. Você pode plantar e colher tudo isso em casa. São vários os ingredientes que podem ser cultivados sem qualquer mistério ou técnica avançada de cultivo.
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A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, vai inclusive escrever um livro sobre a horta que plantou na Casa Branca – ainda sem título, ele deve ser publicado em abril de 2012. Mas não é preciso muito espaço, nem técnicas complicadas, para montar sua horta em casa. Se você tiver um cantinho que pegue sol por pelo menos algumas horas do dia, já é o suficiente para ter sua própria hortinha. E o melhor: é super fácil e gostoso – literalmente – de cultivar. Sua casa vai ganhar um toque de beleza, perfume irresistível, e a cozinha vai ficar muito mais apetitosa. Confira dez dias para montar sua própria horta.
1 – Os vasos ou cantoneiras devem ter pelo menos 15 centímetros de altura e furos no fundo, para o excesso de água escoar. Atenção: nunca deixe o vaso diretamente no chão. Use uma base com pezinho. Do contrário, o acúmulo de água no vaso pode levar ao apodrecimento das raízes das plantas.
2 – Se o problema ainda for espaço, opte pela horta vertical em uma parede próxima à janela onde bate sol. Você pode pendurar os vasinhos da forma como quiser, de preferência escolhendo os mais leves, como os de plástico. É possível, ainda, plantar mais de uma erva no mesmo vaso: a alfavaca, por exemplo, pode ficar com o alecrim ou com o manjericão. Já a erva-cidreira precisa de um espaço maior para crescer, então é melhor deixá-la sozinha.
3 – Prepare o solo. A terra deve conter 1/3 de areia, 1/3 de argila e 1/3 de composto (adubo, como o húmus de minhoca). Antes de colocar a terra no vaso, forre-o com uma camada de areia grossa, cascalho ou pedrinhas para garantir a drenagem da água. Em seguida, acrescente a terra composta de partes iguais de areia, argila e adubo – é possível comprar tudo em lojas de jardinagem.
4 – Evite deixar a terra descoberta por muito tempo, para que não haja perda de nutrientes. Se possível, cubra o solo com restos de palha ou cascas de cereais.
5 – As sementes exigem mais técnica de plantio. Por isso, prefira as mudas. Lembre-se de fincar uma estaca para auxiliar o crescimento vertical da planta – aproveite para identificá-la.
6 – Temperos e plantas medicinais, como hortelã, salsa, cebolinha, coentro, poejo e erva-cidreira, costumam ser de pequeno porte e, por isso, são ideais para serem cultivados em pequenos espaços.
7 – Regue conforme a necessidade de cada espécie. O ideal é uma vez por dia, de preferência pela manhã. Mais do que duas regas por dia podem levar ao apodrecimento da raiz. A água deve ser limpa e, de preferência, sem cloro. Lembre-se que você vai consumir o que sai da hortinha.
8 – Para saber se é preciso regar a horta, faça o seguinte teste: afunde o dedo na terra. Se ele sair sujo, significa que ela ainda está úmida. Portanto, não é necessário regar mais. Fique atento, também, à aparência da planta. Se ela estiver murchinha, é sinal de que precisa de água. Encontrar a quantidade ideal para a sua horta é um exercício diário de observação das plantas.
9 – Adube a horta uma vez por mês. Mas atenção: não remexa a terra do vaso. Isso pode matar a planta, uma vez que a raiz já está assentada.
10 – Se surgir alguma praga, use inseticida natural, como o óleo de nem, feito a partir da semente dessa espécie de árvore. E não se esqueça de arrancar os matinhos invasores vez ou outra nascem na hortinha.
Fonte: Janie Garcia, professora do Departamento de Biologia da UFF (Universidade Federal Fluminense) e Fábio Ramos, zootecnista diretor da Agrosuisse e professor do curso de Horta Orgânica do Jardim Botânico.