Hospitais do Rio registraram ao menos um caso de agressão por dia em 2022

Em 2022, 499 pessoas foram vítimas de lesão corporal dolosa dentro de hospitais, clínicas e similares, segundo dados do ISP; 80 eram profissionais de saúde

Por Da Redação
Atualizado em 18 jul 2023, 14h06 - Publicado em 18 jul 2023, 14h05
Médica é espancada por paciente no no Hospital municipal Francisco da Silva Telles, em Iraja Reproduçao TV Globo
Sandra Lúcia Bouyer Rodrigues: médica foi espancada por paciente no no Hospital municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá (TV Globo/Reprodução)
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O caso da médica Sandra Lúcia Bouyer Rodrigues, agredida com socos e chutes enquanto trabalhava no plantão do Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá, na madrugada de domingo (16), está longe de ser isolado no estado do Rio. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), 499 pessoas foram vítimas de lesão corporal dolosa dentro de hospitais, clínicas e similares em 2022 — o equivalente a um caso a cada 17 horas, em média – sendo 80 profissionais de saúde. No total, 97 foram baleadas, 95 foram agredidas por socos, tapas e pontapés e 19, esfaqueadas. A maioria delas (258) era do sexo feminino, e 251 eram pardas ou negras. Cerca de nove em cada dez pessoas agredidas são adultos entre 18 e 59 anos, mas há na lista 28 crianças e adolescentes e 40 idosos.

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A capital do estado foi a que registrou mais registros de agressões dentro de unidades  hospitalares no ano passado: foram 209 vítimas. Na sequência aparecem Duque de Caxias (71 casos), São Gonçalo (38 ocorrências) e Niterói (34). Na capital, Santa Cruz é o bairro com mais vítimas (19), seguido por Realengo (17), Penha (15), Barra da Tijuca (15) e Bangu (14). Os dados foram obtidos pelo jornal O Globo.

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Sandra Lúcia Bouyer Rodrigues foi vítima de um ataque de fúria de pai e filha, que chegaram à unidade em busca de atendimento para um corte em um dedo da mão esquerda do homem. Eles promoveram um quebra-quebra no HMFST e foram presos por homicídio doloso na madrugada deste domingo (16), pois uma idosa de 82 anos, que estava em estado gravíssimo e não pode ser atendida pela médica agredida, morreu. André Luiz do Nascimento Soares, de 48 anos, e Samara Kiffini do Nascimento Soares, de 23, se irritaram com a demora no atendimento, racharam vidros da unidade de saúde e agrediram a plantonista. A audiência de custódia dos dois deve acontecer nesta terça (18).

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