Incêndio em terreiro de candomblé é mais um caso de intolerância religiosa
Foi em Nova Iguaçu, no domingo; destruição foi total, mas ninguém ficou ferido porque local estava fechado desde Sexta-Feira Santa

O terreiro Ilê Asé Oya Osun Nidê, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi invadido e incendiado por criminosos na noite de domingo (9). O ataque aconteceu por volta das 19h. Não houve vítimas, pois não havia ninguém no local, que ficou completamente destruído. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) como ato de intolerância religiosa.
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De acordo com a ialorixá Neila de Oyá, responsável pelo terreiro de candomblé, a casa estava fechada desde a sexta-feira de carnaval. Entre as perdas estão duas geladeiras, dois fogões, uma máquina de lavar e um sofá, além de roupas de santo e objetos religiosos. Além disso, o incêndio causou danos estruturais, como o desabamento de parte do teto e rachaduras nas paredes. O espaço agora precisará passar por uma reforma para ser reaberto. A mãe de santo registrou um boletim de ocorrência na Decradi nesta terça (11).
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A Decradi informou que representantes do terreiro já prestaram depoimento e que equipes estão em busca dos responsáveis. A intolerância religiosa é considerada crime no Brasil, conforme a Lei nº 7.716/1989. O artigo 20 da legislação prevê pena de reclusão de um a três anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar discriminação ou preconceito religioso.