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Lonas culturais: sem luz e sem previsão de reabertura

Gestores afirmam que espaços estão às escuras há mais de uma semana e não receberam orientações da Secretaria Municipal de Cultura para reabrir

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 17 set 2020, 19h52 - Publicado em 17 set 2020, 19h48
Sem luz: lonas culturais e arenas agonizam em meio ao descaso (MH Rhee/Pixabay/Reprodução)
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As dez lonas e quatro arenas culturais do Rio estão sem luz há mais de uma semana. Apesar da prefeitura ter liberado a reabertura de teatros e espaços que promovem as artes, os gestores das lonas afirmam que não receberam nenhuma orientação da Secretaria Municipal de Cultura em relação a uma possível reabertura.

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Também não há verba para que sejam comprados dispensers de álcool em gel, por exemplo, algo básico em meio à pandemia.

“Quando pensávamos que estávamos prestes a reabrir, levamos um susto ao descobrir que a luz foi cortada pela Light por falta de pagamento. Também não recebemos os repasses referente ao período de junho a setembro. Não temos como comprar equipamentos de proteção para os funcionários. Não fomos informados sobre como serão os cuidados e regras daqui para a frente”, desabafa Rejane Gomes, coordenadora administrativa da lona cultural Carlos Zéfiro, em Anchieta, Zona Oeste da cidade.

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Até março, centenas de crianças, adolescentes e adultos frequentavam a lona de Anchieta em oficinas de dança, teatro, artes marciais e capoeira. Algumas aulas puderam ser transferidas para plataformas on-line, mas nem todos os alunos têm acesso à internet para acompanhar o conteúdo.

“É muito triste. A lona era uma válvula de escape, uma diversão para muita gente nessa área da cidade, que é carente de opções culturais. Recebo ligações diariamente de mães desesperadas porque os filhos querem voltar a frequentar o espaço. E o que eu posso responder para elas? Não temos previsão, nem sei se vamos conseguir retomar as atividades ainda em 2020”, diz Rejane.

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“Jamais imaginei passar por isso. É um descaso imenso. Mas, com processos de impeachment rolando nos governos municipal e estadual, percebemos que a cultura popular não é mesmo prioridade para os nossos governantes”, analisa a gestora.

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Procurada, a Secretaria Municipal de Cultura redirecionou os esclarecimentos à pasta da Fazenda, responsável pelos pagamentos das contas de luz dos espaços mantidos pela prefeitura.

“Os pagamentos à concessionária estão sendo realizados à medida que os processos são liquidados pelos diversos órgãos da Prefeitura. Em relação aos equipamentos culturais, todos os processos que chegaram ao Tesouro Municipal já foram pagos, inclusive os oito processos que chegaram no dia de hoje, 17/09”, informa a nota da Secretaria Municipal de Fazenda. A Light não se manifestou sobre o assunto.

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