Homem que matou duas mulheres no Cefet já havia sido afastado
Em setembro de 2024, o suspeito João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves já havia sido transferido por fazer ameaças às vítimas
O homem que matou Allane de Souza Pedrotti Matos, 41, e Layse Costa Pinheiro, 40, durante um ataque no Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica) já havia sido afastado da instituição anteriormente por fazer ameaças, mas foi reintegrado. As informações são do UOL.
Em um dia comum de trabalho, a coordenadora da equipe pedagógica e acadêmica da Direção de Ensino, Allane, e a psicóloga, Layse, trabalhavam no Cefet Celso Suckow da Fonseca, unidade Maracanã, quando foram mortas a tiros, na sexta (28), pelo técnico-administrativo João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves, 47.
O homem havia sido afastado por 60 dias em 5 de setembro de 2024, conforme consta no Boletim de Gestão de Pessoas, que reúne os atos do órgão. Em novembro, o afastamento foi prorrogado. Durante todo o período, ele continuou recebendo remuneração normalmente.
Em maio de 2025, João Antônio foi permanentemente removido do cargo de pedagogo na diretoria de ensino para o departamento de Ensino Médio e Técnico e exercício na Coordenação dos Cursos Subsequentes.
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O deslocamento se deu para impedir o acesso do homem às servidoras que perseguia. Ele havia aberto um processo contra a Allane e a pedagoga Suzana Nunes, amiga pessoal e colega de trabalho da vítima.
Neste ano, o suspeito ingressou com uma ação pedindo compensação à União por mudanças no trabalho. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, porém, não deu seguimento ao processo, e decidiu que ele arcaria com as custas judiciais.
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Depois da decisão desfavorável, o funcionário solicitou ser transferido para outra área dentro do trabalho. Novamente, o pedido foi negado. Na ação, ele afirmou que a situação estaria prejudicando a sua saúde mental.
No entanto, o parecer do juiz encarregado do caso deu conta que o funcionário não conseguiu provar como a transferência de trabalho era urgente ou essencial a sua saúde.
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Mesmo em outra função, retorno do suspeito ao local de trabalho causava desconforto entre colegas. Allane tinha medo do colega, cuja postura era opressora, e dizia não conseguir mais permanecer perto dele, segundo um relato de Magdaleno Fabiano, funcionário do Cefet e amigo pessoal dela, ao UOL.





