Covid-19: medidas restritivas têm impacto em registro de crimes no Rio

Apenas mortes durante confrontos aumentaram de janeiro a abril

Por Agência Brasil
27 Maio 2020, 10h44
Operação: a ação resultou em 16 presos e na apreensão de nove fuzis, dez pistolas, 42 granadas, munições e drogas (Exame/Abril/Reprodução)
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O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou, nesta terça (26), os dados referentes à criminalidade no Rio de Janeiro em abril de 2020. Segundo o ISP, com a adoção de medidas restritivas para prevenir e combater a propagação da pandemia da covid-19 no estado, os registros de ocorrência de crimes sofreram impacto nos meses de março e abril.

As medidas restritivas começaram no dia 13 de março. Os indicadores podem apresentar queda por causa do distanciamento social, que ajuda na redução da criminalidade, e da diminuição dos registros das ocorrências, resultando em subnotificações.

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Em abril, os dados de indicadores estratégicos analisados pelo ISP tiveram queda, em sua maioria. Apenas as mortes por intervenção de agentes do Estado, quando há confronto com as forças de segurança, subiram: de janeiro a abril, foram 606. No mês de abril, 177. Na comparação com o ano passado, o indicador aumentou 8% em relação ao quadrimestre e de 43% em relação a abril.

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Os crimes de estelionato na presença da vítima tiveram redução de 20% no mês de abril: foram 2 594 casos. Já os casos de estelionato aplicados em ambiente  virtual subiram mais de 20%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, os casos aplicados de forma  virtual (pela internet) passaram de 9,3% em abril de 2019 para 31,1% em abril de 2020.

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Queda dos indicadores

Os crimes violentos letais intencionais (homicídio doloso, roubo seguido de morte e lesão corporal seguida de morte) fizeram 1.399 vítimas nos quatro primeiros meses de 2020 e 321 em abril. Na comparação com o ano passado, houve queda de 5% em relação ao quadrimestre e de 14% em relação a abril.

O número de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) chegou a 1 355 nos quatro primeiros meses de 2020. Em abril, foram 311. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 4% em relação ao quadrimestre e de 14% em relação a abril.

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No caso de roubo seguido de morte (latrocínio), quando a pessoa rouba e acaba matando a vítima, foram 31 vítimas nos quatro primeiros meses de 2020 e cinco em abril. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou 14 mortes a menos em relação ao quadrimestre e seis a menos em relação a abril.

O roubo de cargas também caiu em abril: foram 337. No quadrimestre, foram 1 698 casos. Na comparação com o ano passado, o indicador registrou queda de 37% em relação ao quadrimestre e de 49% em relação a abril.

O roubo de veículo também teve queda expressiva: foram 10.468 ocorrências nos quatro primeiros meses de 2020 e 1.847 em abril. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 30% em relação ao quadrimestre e de 51% em relação a abril.

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Na categoria crimes de rua, na qual estão incluídos o roubo a transeunte, o roubo de aparelho celular e o roubo em coletivo, também ocorreu queda expressiva. Foram feitos 29 622 registros nos quatro primeiros meses de 2020 e 4 021 em abril. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 34% em relação ao quadrimestre e de 64% em relação a abril.

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Violência contra a mulher

Apesar da quarentena, que leva as mulheres a passar mais tempo em casa, o número das vítimas de feminicídio e detentativas de feminicídio em abril de 2020 caiu em relação ao mesmo mês do ano anterior: foram três vítimas de feminicídio e 15 de tentativa de feminicídio.

O total de crimes contra mulheres registrados no mês passado caiu 51% em abril em relação ao ocorrido nomesmo período do ano anterior: foram 3 239 este ano contra 6 605 em 2019.

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