O que se sabe sobre caso de menina esmagada por balanço em prédio no Rio
Maria Luísa Oldembergas se balançava com outras crianças quando pilastra cedeu e a atingiu na cabeça; Crea-RJ vai fazer perícia no equipamento

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) vai fazer uma perícia no playground do prédio no Recreio dos Bandeirantes em que uma menina de 7 anos morreu após ser atingida pela pilastra que sustentava o balanço em que ela brincava. Imagens de câmeras de segurança do local mostram que duas meninas mais velhas empurram o balanço com quatro meninas menores, entre elas Maria Luísa Oldembergas, nesta terça (4). De repente, uma das pilastras de concreto revestida de madeira cede e cai em cima da cabeça da menina. A Polícia Civil quer ouvir, nesta quinta (6), o síndico do prédio e outras testemunhas na 42ªDP (Recreio), que investiga o caso. O corpo de Maria Luísa, que está sendo velado no Cemitério da Penitência, no Caju, será cremado.
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Os responsáveis por uma obra recente na estrutura do balanço que cedeu e matou a menina vão responder por homicídio culposo, de acordo com o delegado Alan Luxardo, que investiga o caso. A tipificação é usada quando não há a intenção de matar. Segundo o delegado, um laudo pericial para verificar se a pilastra caiu devido a um erro de projeto, execução ou manutenção. Na vistoria, os fiscais do Crea também vão tentar entender se houve algum erro, se a estrutura foi adaptada ou instalada de forma incorreta.
Testemunhas relataram que as obras no parque utilizado pelas crianças foram feitas sem consulta a engenheiros e bombeiros. Segundo um morador do condomínio, a reforma não foi aprovada em assembleia e o síndico teria mandado levantar dois dormentes de madeira maciça com ganchos e uma rede paras pessoas se balançarem na área kids. De acordo com ele, os dormentes não estavam bem fixados, o que teria provocado o acidente. “Qualquer um que tenha errado vai ser indiciado e responsabilizado pelo crime de homicídio culposo. Com base nisso, vai ser analisado o laudo pericial junto com prova testemunhal para poder atribuir a responsabilidade de quem errou em sua conduta”, disse Luxardo à TV Globo.
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Um funcionário relatou que, após ouvir um barulho muito alto, encontrou a criança embaixo da pilastra e com graves ferimentos na cabeça e no braço. Ao chegarem no local, os bombeiros encontraram a criança consciente, porém, durante o atendimento, ela sofreu uma parada cardíaca e não resistiu aos ferimentos.