Mico-de-cheiro faz aparição rara no Jardim Botânico do Rio

Na manhã desta segunda (25), foi também clicado um martim-pescador-grande predando um peixe acará-diadema

Por Luiza Maia
Atualizado em 25 out 2021, 16h22 - Publicado em 25 out 2021, 16h07
Foto mostra um mico-de-cheiro
Mico-de-cheiro: espécie é raramente vista no Jardim Botânico do Rio (Karolina Moreira/JBRJ/Reprodução)
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Nos últimos dias, os olhares atentos de fotógrafos que circulavam pelo Jardim Botânico do Rio conseguiram flagrar momentos únicos da natureza local. Um deles foi a aparição do mico-de-cheiro (Saimiri sciurenus), uma espécie raramente encontrada ali.

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A fotógrafa Karolina Moreira passeava pelo arboreto no último sábado (23), quando avistou ao acaso o animal e aproveitou o instante para um clique. O pequeno primata tem origem amazônica e é bem adaptado ao bioma da Mata Atlântica.

Apesar da fofura de sua aparência, o nome do mico faz referência ao odor pouco agradável que exala. A espécie é conhecida por urinar na própria calda, encharcando bem o pelo – hábito peculiar que faz parte da sua rotina de higiene. Antes disso, o mico penteia sozinho e tira as sujeiras do próprio pelo com as patas.

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São animais que vivem em bandos numerosos e costumam ter hábitos diurnos. “Eles são onívoros e comem de tudo. Por ser uma população pequena, não disputam território com outras espécies”, explica o biólogo Marco Massao, supervisor de fauna do JBRJ.

Já na manhã desta segunda (25), foi a vez do fotógrafo Alexandre Machado se deparar com um martim-pescador-grande (Megaceryle torquata) predando um peixe acará-diadema (Geophagus brasiliensis), na Região Amazônica do Jardim Botânico.

Foto mostra pássaro martim-pescador-grande predando um peixe
Martim-pescador-grande: com cerca de 42 centímetros, é a maior espécie da família Alcedinidae no Brasil (Alexandre Machado/JBRJ/Reprodução)
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Ambos são animais nativos da Mata Atlântica e vistos com uma frequência maior. O registro do momento exato em que o peixe vira presa, no entanto, é raro.

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