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Mulher que ‘morava’ no McDonald’s do Leblon é presa e banida de lanchonete

Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, responde por injúria racial, por ter xingado adolescente que a fotografou de 'pobre, preta, nojenta'

Por Da Redação
Atualizado em 2 set 2024, 19h51 - Publicado em 2 set 2024, 14h06
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McDonald's do Leblon: Susane Paula Muratori Geremia e a filha, Bruna, moravam há 7 meses na lanchonete (TV Globo/Reprodução)
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Susane Paula Muratori Geremia, que “morava” com a filha há sete meses no McDonald’s do Leblon, está proibida de entrar na lanchonete pelos próximos dois anos. Ela foi presa em flagrante na última sexta (30) por injúria racial e deverá cumprir pelo menos quatro medidas cautelares estabelecidas pela Justiça para soltá-la.

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Na sexta (30), um grupo de cinco adolescentes denunciou ter sido alvo de ataques racistas enquanto lanchava no McDonald’s do Leblon. Segundo a mãe de uma delas, Susane, de 64 anos, chamou sua filha de “pobre, preta, nojenta”. Testemunhas contaram que a confusão começou após as meninas tirarem fotos de Susane e de sua filha, Bruna Muratori, de 31 anos. A polícia foi chamada, e caso foi registrado na 14ª DP (Leblon), para onde as duas foram levadas, junto com três malas grandes e uma pequena que mantinham na lanchonete. Susane foi presa em flagrante por injúria racial, enquanto Bruna foi liberada após prestar depoimento.

Susane chegou a ser transferida para o presídio feminino de Benfica, na Zona Norte, onde passou por audiência de custódia. Ela chorou enquanto era amparada pela filha da porta da delegacia até o veículo que fez seu transporte até lá. Agora, deverá se apresentar mensalmente em juízo para “para informar e justificar suas atividades” pelos próximos dois anos. Além disso, ela está proibida de acessar e frequentar o McDonald’s do Leblon pelo mesmo período. Susane não poderá se comunicar com a jovem que oficializou a denúncia, nem se aproximar em um raio de 500 metros dela.

Entenda o caso

A história das duas mulheres que passam o dia no McDonald’s do Leblon ficou conhecida em abril deste ano. Na ocasião, elas já estavam ali havia três meses. Chegavam pela manhã com as malas e ali faziam todas as refeições, só saindo após o fechamento da lanchonete.E dormiam sentadas na calçada em frente.

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Naturais de Porto Alegre, elas teriam se mudado para o Rio há oito anos. Bruna contou que já trabalhou como hostess de restaurantes e como professora de inglês. Ela disse ter pedido afastamento do restaurante onde dava expediente quando ficou sem moradia e precisaria ficar com a mãe para cuidar de sua segurança.

De acordo com a Polícia Civil, mãe e filha têm três registros de ocorrência por calotes em hotéis em Copacabana. As queixas aconteceram em 2018, 2019 e 2021. Em todos os casos, elas foram expulsas por falta de pagamento das diárias utilizadas. Ambas também foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em 2018, por injúria racial e condenadas a um ano em regime aberto. A pena foi substituída por prestação de serviços comunitários.

Bruna também alugou um imóvel mobiliado em Porto Alegre. Entre 2014 e 2018, a mãe e ela moraram em um apartamento na Avenida Doutor Nilo Peçanha, no bairro Boa Vista. À TV Globo, a locatária afirmou que as duas causaram problemas durante o período com vizinhos e não cumpriram o acordo financeiro firmado entre elas pela moradia. A proprietária disse que a dupla só pagou os primeiros 6 meses de aluguel e resistia em negociar qualquer tipo de acordo para quitar a dívida pendente. O processo, inicialmente, foi aberto por conta da falta de pagamento de agosto a novembro de 2015 e se desdobrou em uma ação de despejo, determinada em fevereiro de 2017 pela Justiça do Rio Grande do Sul. Sobre os processos sobre despejo e dívidas, as duas negaram a existência de débitos.

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