Mãe e filha que moram no McDonald’s do Leblon alegam agressão

Mulher teria xingado e avançado em Bruna Muratori, de 31 anos; ela registrou queixa e afirmou estar procurando apartamento fora do bairro

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 jul 2024, 18h50
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Na porta do McDonald’s: Susana e Bruna estão há cinco meses na loja do Leblon (CBN/Reprodução)
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Bruna Muratori, 31 anos, que há cerca de cinco meses se instalou com a mãe, Susane Paula Muratori Geremia, 64, no McDonald’s do Leblon, diz ter sofrido uma agressão na noite de sábado (13). Ela registrou boletim de ocorrência na 14ª Delegacia de Polícia (Leblon).

“Uma mulher jovem se sentou na mesa ao lado de onde a gente estava. Ela lanchou e começou a me xingar do nada“, afirmou ela ao site F5. Bruna alegou não ter respondido, mas a mulher teria continuado com os ataques verbais já na calçada, até avançar contra ela.

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“Foi horrível. Corri para a delegacia e registrei a queixa na hora. Agora, os policiais pediram as câmeras de várias lojas da rua para as investigações”, relatou. O funcionário de uma loja vizinha confirmou que a polícia solicitou as imagens para analisá-las.

“Não dá mais para ficar aqui. Infelizmente, estou vendo alguns apartamentos mais distantes dessa área que nós queríamos ficar. O que der para fechar, vou fechar. Precisamos sair daqui”, disse Bruna. Em abril, quando a situação das duas viralizou, elas afirmaram estar à procura de um imóvel no Leblon por até 1200 reais de aluguel por mês, algo incompatível com os valores no bairro.

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Bruna afirma não ter ideia do motivo da suposta agressão. “Nós não temos inimigos”, garantiu, embora saiba que muita gente desaprova a condição das duas. “Até que ponto duas mulheres podem incomodar tanto moradores de uma das regiões mais nobres do país? O que fizemos ou fazemos de errado?“, questiona.

“A gente não tem ‘perfil’ de morador de rua, né?”, continuou Bruna na entrevista ao F5. “Já falei e repito: Todo mundo tem problemas dentro de casa e ninguém está longe de passar pelo que nós agora estamos passando”, afirmou.

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Mãe e filha, que são gaúchas, carregam cinco malas e passam o dia no estabelecimento, que funciona das 7h às 5h. No intervalo, as duas ficam do lado de fora, aguardando a reabertura para voltar a ocupar as mesas da lanchonete. Uma equipe da prefeitura e funcionários de estabelecimentos vizinhos já ofereceram ajuda, mas elas recusaram.

De acordo com a Polícia Civil, elas possuem três registros de ocorrência por calotes em hotéis em Copacabana, feitos em 2018, 2019 e 2021. Em todos os casos, elas foram expulsas por falta de pagamento das diárias.

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Elas também foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em 2018, por injúria racial e condenadas a um ano em regime aberto. A pena foi substituída por prestação de serviços comunitários.

Entre 2014 e 2018, elas moraram em um apartamento no bairro Boa Vista, em Porto Alegre, alugado pela filha. A locatária afirmou à TV Globo que as duas causaram problemas com vizinhos durante o período e não cumpriram o acordo financeiro firmado entre elas: só pagaram os seis primeiros meses de aluguel. Um processo aberto resultou em uma ação de despejo.

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Em entrevista ao podcast Fala Guerreiro, em maio deste ano, Bruna disse ter se mudado de Porto Alegre para o Rio há oito anos. Segundo ela, na capital gaúcha ela dava aulas particulares de inglês, o que teria continuado fazendo com a mudança de cidade. Ela contou que tinha planos de fazer faculdade no Rio.

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