Museu Imperial de Petrópolis vira patrimônio da humanidade
Série de documentos sobre viagens do imperador D. Pedro II no século XIX é reconhecida por sua importância à História mundial
Na última semana, o Conjunto relativo às viagens do imperador D. Pedro II pelo Brasil e pelo mundo, que faz parte do acervo do Museu Imperial de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, foi inserido no Registro Memória do Mundo da UNESCO (MOW), que reconhece a representatividade dos documentos em nível internacional e confere ao museu o título de patrimônio da humanidade.
A coleção conta com 2 210 documentos, doados ao museu pelo príncipe D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança, bisneto de d. Pedro II, em 1948, que fazem parte da série Viagens do Imperador – 1840-1913. Entre as raridades, estão 44 cadernetas de viagem de D. Pedro II, entre textos, cartas e desenhos. Há ainda dez diários da imperatriz D. Teresa Cristina e diários de viagem da condessa de Barral e do barão do Bom Retiro, que faziam parte da comitiva do imperador. A importância do acervo se dá pelo fato de retratar a visão de um observador do século XIX que registrou com detalhes importantes acontecimentos da época, como, por exemplo, a invenção do telefone.
Após receber esta honraria, o Museu Imperial já prepara um novo dossiê, que será apresentado à UNESCO em agosto com o objetivo de ser reconhecido como Memória do Mundo da América Latina. Com o nome de Iconografia e cartografia da Guerra do Paraguai em instituições brasileiras, a coleção abrangerá documentos sobre a Guerra do Paraguai, coletados em parceria com mais sete instituições.