Carta ao leitor: Música alta e calçadas de bares tiram o sono dos cariocas
O olhar curioso de influenciadores estrangeiros que moram no Rio e a onda do pagode que chega a festival na Marina da Glória também são destaques
Os números assustam: só nos primeiros seis meses do ano, o 1746, canal de atendimento da prefeitura, recebeu 15 105 queixas por perturbação do sossego, um salto de 21% em relação ao mesmo período de 2023. A barulheira provocada por obras, música alta e conversas acaloradas nas calçadas de bares até altas horas se espalha pelos quatro cantos da cidade, como mostra a reportagem de capa desta edição, assinada por Carolina Ribeiro e Elisa Torres.
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As jornalistas circularam por bairros de diferentes zonas da cidade, em noites seguidas, flagrando infrações nas ruas e testemunhando os incômodos de quem é obrigado a conviver com o barulho diante de irregularidades constantes e da falta de medidas capazes de sanar o problema.
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Na noite de 12 de julho, um sábado, o aposentado Cláudio Guimarães recebeu a equipe de VEJA RIO para mostrar que o ruído na sala de seu apartamento em Ipanema à 1h30 alcançava 71 decibéis, 11 acima do permitido pela lei, por causa das festas que acontecem todo fim de semana nos quiosques da Lagoa.
Nesta edição, também abrimos espaço para outro dilema cada vez mais comum entre os cariocas: os desafios da chamada “geração sanduíche”, que precisa cuidar, ao mesmo tempo, dos pais idosos e dos filhos pequenos.
Mostramos ainda o olhar curioso de influenciadores estrangeiros que decidiram fincar raízes por aqui e enxergam o Rio com lentes novas e trazemos um panorama vibrante do pagode, gênero que ganha nova roupagem nas mãos de estrelas pop e lota festivais como o 90’s, na Marina da Glória. Que a cidade continue pulsando com alegria, criatividade e encontros, mas sem deixar o respeito pelo outro em segundo plano.