NAS PROFUNDEZAS DA CIDADE
A reportagem “A vida abaixo dos bueiros” (4 de maio) é um dos melhores exemplos de jornalismo competente e fascinante. Uma pesquisa extensa (e, imagino, demorada) foi condensada de forma inteligente, proporcionando uma leitura agradável sobre um problema pouco visível, mas fundamental. Rafael Sento Sé deu mais um presente aos cariocas com seu texto conciso e informativo. As ilustrações complementam o conjunto de forma admirável.
Claudia Fialho Diretora de relações públicas do Copacabana Palace
A matéria de capa nos conduz a uma viagem ao mesmo tempo fascinante e misteriosa. Somos lançados no Rio profundo, labiríntico, que dá sustentação ao Rio praiano, marítimo, aéreo, montanhoso, mágico. Está na hora de o poder público usar tecnologia de ponta para que esse mundo escondido abaixo dos nossos pés funcione a contento, de forma bem sincronizada, para que não ocorram mais explosões que ameacem a vida de cariocas e turistas. Queremos ter tranquilidade para apreciar a paisagem incrível que essa cidade nos proporciona, sem nos sentirmos ameaçados pelo espaço subterrâneo, que precisa ser muito bem monitorado para evitar surpresas devastadoras.
Jaime Luiz Leitão Rodrigues
ORDEM PÚBLICA
Moro no Baixo Leblon e sofro com os donos da rua (“Os novos moradores do Leblon”, 4 de maio). Os policiais só passam de carro, e a ação da prefeitura de nada adianta, pois eles se escondem. Quando os mendigos são levados para um abrigo, logo em seguida estão de volta. É enxugar gelo! Peço que as autoridades tomem uma atitude eficaz, séria e competente. Por que não colocam guardas municipais nas esquinas, principalmente à noite, quando eles aparecem e fazem terror?
Márcia Rocha
Será que só a Zona Sul tem problemas? No trajeto do ônibus Usina-Caxias, por exemplo, constatamos que faltam segurança e limpeza, com pessoas usando drogas e dormindo ao relento, água vazando nas tubulações e asfalto todo esburacado. O mesmo acontece em bairros como Grajaú, Tijuca, Vila da Penha. Olhem atentamente para os ônibus da cidade. O Rio é uma das cidades do país com mais idosos, e os empresários dos coletivos maltratam seu maior cliente.
Rossini Alves Carneiro
SUSTENTABILIDADE
Acompanho detidamente a implantação da nova Central de Tratamento de Resíduos (“O fim do lixão”, 4 de maio). Aquele empreendimento foi viabilizado em meio a uma suspeitíssima sessão da Câmara Municipal de Seropédica, que ignorou os necessários trâmites legais, realizada na gestão de um prefeito posteriormente cassado pela Justiça. O governo estadual, a prefeitura do Rio e a empresa Ciclus, como um rolo compressor, não deram atenção às avaliações de respeitados técnicos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, da Embrapa Agrobiologia, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro e do Comitê Guandu, segundo as quais o empreendimento oferece sérios riscos ao Aquífero Piranema, sobre o qual serão depositadas as toneladas de lixo. É bom lembrar ainda que, mesmo defendendo a qualidade da tecnologia empregada naquele aterro sanitário, seus empreendedores se negaram peremptoriamente a discuti-la com a comunidade local.
Renato Rodrigues dos Reis
HISTÓRIAS CARIOCAS
É incrível que o Rio, nos preparativos para sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, não tenha um plano diretor para as obras de infraestrutura da cidade (“Mais uma obra engavetada”, 4 de maio). Além das mudanças nas avenidas Niemeyer e Rio Branco, duvido também que a remoção do Elevado da Perimetral saia da gaveta.
Abel Pires Rodrigues
CRÔNICAS Como assinante da revista, li atentamente o oportuno artigo de Fernanda Torres sobre Angra dos Reis e suas usinas atômicas (“Angra”, 30 de março). Essa excelente crônica me fez lembrar um relato de vinte anos atrás. Um funcionário de um condomínio local contou que certa noite o alarme da usina foi atingido por um raio e disparou, levando pânico aos moradores. Segundo essa pessoa, em quinze minutos a Rio-Santos já estava congestionada. O episódio foi um alerta para a precariedade de evacuação pela estrada e sugeriu estudos que conduzam a uma rota de fuga pelo mar.
Jose Carlos Audiface de Brito
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