Levado para Bangu, Oruam é considerado preso de alta periculosidade
Classificação é a segunda em uma escala de quatro níveis e considera critérios como reincidência, gravidade dos crimes e possível vínculo com facções criminosas
O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, o Oruam, de 25 anos, está preso em uma cela individual no Complexo de Bangu, separado dos demais detentos. A informação foi confirmada à TV Globo pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). O filho do traficante Marcinho VP foi classificado com grau alto de periculosidade ao ingressar no sistema prisional do Rio, como consta na guia de recolhimento da Polinter, da Polícia Civil, responsável pelo registro de sua prisão, ocorrida na terça (22). A classificação, segunda em uma escala de quatro níveis, foi atribuída com base em critérios como reincidência, gravidade dos crimes e possível vínculo com facções criminosas. As informações são da Folha de São Paulo.
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Indiciado por sete crimes (tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal) – após, segundo a Polícia Civil, impedir a apreensão de um menor procurado por tráfico e por roubo na noite de segunda (21) – Oruam se entregou Na Cidade da Polícia na noite de terça (22). Inicialmente, o rapper foi levado para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica. No entanto, a administração do sistema prisional decidiu transferi-lo para a Penitenciária Dr. Serrano Neves, no Complexo de Gericinó, em Bangu. O motivo da transferência não foi informado pela Seap.
No pedido de prisão, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) afirma que a residência do rapper se tornou um “ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça”. A polícia cita também que foram encontradas fotos de Oruam com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do CV no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. A Justiça decidiu manter a prisão preventiva de Oruam durante audiência de custódia realizada nesta quarta (23).
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“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi. Em sua defesa, Oruam gravou um vídeo no qual diz que houve abuso de autoridade dos policiais e repete que não é bandido, que vive da sua música. “Só pedir desculpa mesmo. Dizer que eu amo muito meus fãs. Eu vou dar volta por cima, tropa. Estou com Deus e tá tranquilão. Sou forte!”, disse ele ao se entregar.
