Pesquisa mostra que 22% da população do Rio vivem com até 497 reais ao mês

Segundo FGV, 22% dos moradores do estado estão abaixo da linha da pobreza; situação é mais grave em Caxias, Magé e Guapimirim

Por Da Redação
30 jun 2022, 12h44
Favela no Rio de Janeiro
Favela: pesquisa realizou quase 6.000 entrevistas para traçar perfil de moradores de comunidades (Giacomo Pirozzi/Unicef/Reprodução)
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Os dados estão cada vez mais indigestos: 22% da população fluminense vivem abaixo da linha da pobreza, como revelou o Mapa da Nova Pobreza, divulgado nesta quarta (29) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o levantamento, o número de pessoas que tinha renda domiciliar per capita de R$ 497 mensais em 2021 aumentou 4 pontos percentuais desde 2019. Até o ano passado, o Rio de Janeiro ocupava o 19º lugar no ranking dos estados com mais pobres do país. Em entrevista à TV Globo, Marcelo Neri, diretor do FGV Social, explicou que o principal motivo para o aumento da pobreza no Rio é a perda de renda do trabalhador:

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“Foi o estado que mais perdeu renda de trabalho no começo da pandemia. O Rio também tem uma população idosa, a mais idosa do Brasil. De alguma forma, a população idosa foi muito afetada pela pandemia. Teve que ficar em casa e talvez não possa ter buscado sustento para além da aposentadoria”. Ainda segundo Neri, o número crescente de trabalhadores informais também é um dos motivos para o aumento de pessoas com dificuldades financeiras no estado. “Não só a informalidade é alta, como ela cresceu muito. Ela cresceu o múltiplo da informalidade no Brasil. Mesmo quando o Brasil estava crescendo, a informalidade já aumentava no Rio”, disse ele, acrescentando que tem muita gente entrando e saindo da pobreza, por causa desses trabalhos intermitentes e de programas intermitentes também. “Mal comparando, funciona às vezes como uma montanha russa“, completou.

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Duque de Caxias, Magé e Guapimirim – municípios que compreendem o chamado arco de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense – aparecem em situação ainda mais grave no Mapa da Pobreza da FGV. Em 2021, segundo o levantamento, 33% dos moradores dessa região tinham renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais. A região também está entre as 100 piores do país. De acordo com a FGV, 30,48% dos moradores dessas cidades estão na faixa de pobreza. Na capital do estado, a situação também é preocupante: até o ano passado, 16,68% da população do Rio vive com renda inferior a R$ 497 por mês. Já em Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, o número de pessoas consideradas pobres chegou a 20,96%.

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