Polícia encontra “resort” com praia artificial pertencente a traficante

Foi durante uma operação para prender chefes do tráfico no Complexo de Israel; imóvel seria de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão

Por Da Redação
11 out 2024, 19h12
Uma das casas, em Parada de Lucas, conta com um espaço amplo e piscina, academia e um lago artificial
'Resort' do tráfico: casa com área de lazer, lago artificial, sauna e até pedalinhos servia de ponto de encontro de traficantes. além de espaço dedicado a festas (Internet/Reprodução)
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Um “resort”, com direito a praia artificial e coqueiros, emergiu às margens da Avenida Brasil, no chamado Complexo de Israel. O imóvel seria do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, de 37 anos, principal alvo de uma operação da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, que prendeu oito pessoas na manhã desta quinta (9), em Vigário Geral e em Parada de Lucas, na Zona Norte. Com 35 anotações criminais, Peixão conseguiu fugir e continua foragido.

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Batizada de Êxodo, a operação tinha como objetivo cumprir 15 mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra a quadrilha investigada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), que vinha investigando Peixão há cerca de nove meses, a partir de roubos de cargas que eram levados para o Complexo de Israel, a mando dele. Houve tiroteio em Vigário Geral, na altura da Linha Vermelha, e a circulação de trens chegou a ser afetada. Dois imóveis de luxo, com amplos espaços, foram encontrados pelos agentes em Parada de Lucas, ambos de Peixão, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) que se diz evangélico e é considerado um ditador. O local tem inúmeras Estrelas de Davi, símbolo da cultura judaica.

“Tínhamos o endereço dele, que ficava em um verdadeiro oásis de luxo em Parada de Lucas, com lago artificial e academias de ginástica”, disse o delegado Fábio Asty, titular da DRFC, considerando que o local tem uma espécie de praia artificial com areia, lago com carpas e coqueiros. A propriedade conta ainda com área de lazer, piscina, sauna e até pedalinhos, além de espaço dedicado a festas. Uma casa que poderia ser equivalente a um resort na Região Sul Fluminense”, avaliou ele. O imóvel também servia como um ponto de encontro para comparsas do chefe do tráfico.

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Quatro criminosos foram presos em um motel também às margens da Avenida Brasil por policiais militares do 16º BPM (Olaria). Eles haviam conseguido escapar do cerco e se esconderam no estabelecimento. “Um deles era do estado da Bahia. Eles estavam com três meninas também, uma delas menor”, disse o tenente-coronel Bruno Schorcht. Os suspeitos são investigados por crimes como organização criminosa, tráfico de drogas e roubo.

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