Golpe na praça: polícia investiga ao menos 60 motoristas de táxi por fraude no Rio

Professora com deficiência visual achou ter pagado 29 reais por corrida, mas cobrança no cartão foi de 2,9 mil reais. Táxi Rio já bloqueou 770 profissionais

Por Da Redação
Atualizado em 18 jan 2022, 12h23 - Publicado em 18 jan 2022, 12h22
táxis
Bandeira 2: medida garante um "13º" aos taxistas no fim do ano (Anna Fischer/Veja Rio)
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Mais um golpe na praça: a Polícia Civil investiga pelo menos 60 motoristas de táxi suspeitos de fraude na cobrança do valor de corridas nas ruas do Rio. A trapaça é feita através de máquinas de cartão de crédito e débito. A denúncia foi exibida no RJ-TV, da Rede Globo. Uma das vítimas é a professora aposentada Maria Cristina Adaldino, que é deficiente visual e está acostumada a digitar nas maquininhas, que têm teclas com números também identificados em braile. Ela pegou um táxi para casa após um compromisso e teclou o valor da corrida para efetuar o pagamento no cartão de crédito: 29 reais. Mas, quando chegou a fatura, constatou que o valor cobrado havia sido de 2,9 mil reais.

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Registrada a denúncia, policiais da 9ª DP (Catete) investigaram e conseguiram identificar o motorista. Em depoimento, ele disse aos agentes que se enganou ao bater o valor da corrida. Ainda assim, o homem foi indiciado por estelionato, com pena de 4 a 8 anos de prisão. O taxista foi até a delegacia e decidiu devolver o valor para a professora.

Também Fabio Marcelino de Oliveira contou ter caído no golpe ao pegar um táxi. Ao chegar em casa, notou que o valor da corrida – que seria de 32,42 reais – foi cobrado em seu cartão como sendo 3.242 reais. “E não foi aproximação, eu digitei a senha e inseri o cartão”, afirmou Fábio que, apesar de ter ido à delegacia, ainda não conseguiu rever o dinheiro.

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A Empresa Municipal de Informática do Rio (Iplanrio), responsável pelo aplicativo Táxi Rio, informou que as reclamações recebidas vão para análise e investigação. Segundo a empresa, os casos mais graves são submetidos ao comitê de gestão para as devidas sanções e, se necessário, é aberto um processo administrativo e enviado para a Secretaria Municipal de Transporte. Segundo a empresa, em todas as situações, o taxista é notificado imediatamente ou bloqueado temporariamente. Desde o lançamento do aplicativo, em 2017, foram suspensos preventivamente 1.880 taxistas, com 717 bloqueios definitivos na plataforma.

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