Prefeitura de Friburgo desmente demissões após aluno ter camisa grampeada
Bilhete cobrando envio de caderneta ficou preso no uniforme da criança, de 5 anos, por todo o turno da aula, chegando a machucá-la, segundo a mãe
O boato de que aconteceria uma demissão em massa na Escola Municipal Santa Paula Frassineti, em Nova Friburgo, na Região Serrana, foi desmentida pela prefeitura da cidade neste sábado (20). Foi na unidade que uma professora grampeou um bilhete na blusa do uniforme de uma criança de 5 anos em que se lia: “Mamãe, favor mandar outra caderneta! Obrigada”. Ela foi afastada das funções pelo município por 30 dias, em medida publicada em edição extra do Diário Oficial de Nova Friburgo na quinta (18). Segundo a prefeitura, a suspensão é prorrogável por mais 90.
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A falsa informação começou a circular entre os pais de alunos da escola. Ao portal g1, alguns deles contaram que estavam preocupados com rumores de que toda equipe multidisciplinar da unidade seria demitida, equipe que, segundo eles, faz um excelente trabalho e cuida muito bem dos alunos. Em nota, Secretaria municipal de Educação desmentiu os boatos e explicou que não pode mandar embora uma equipe inteira de servidores sem abrir um processo administrativo disciplinar contra cada membro e fazer todo procedimento. No documento, a pasta acrescenta que “não tem processo aberto contra a equipe”. Somente “a apuração da ação da professora”, reforçando ainda que “ela até foi afastada para não interferir nessa apuração do processo”.
O caso aconteceu na última quarta (17). Jennifer Kelly, mãe da criança, contou ao portal g1 que o bilhete ficou preso no uniforme por todo o turno da aula, chegando a machucar a criança. “Ela furou duas vezes para colocar o bilhete na frente do peito dele. Na hora do intervalo, o bilhete soltou. Ela puxou a camisa dele de novo e grampeou. E quando a babá chegou para buscá-lo, o grampo ainda estava mal grampeado e furando ele”, contou a mãe. Segundo ela, uma caderneta custa R$ 5.
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Na sexta (19), Jennifer Kelly se reuniu com a professora para entender o motivo de sua atitude. “Eu queria olhar no olho da professora e entender o porquê dela ter feito isso com ele”, disse a mãe. No encontro, a professora se desculpou e tentou justificar o ato. “Eu acredito que é justificar o injustificável, porque existiam várias maneiras de ela ter me comunicado sobre a caderneta. E a caderneta ficou só quatro dias sem ir para a escola porque criança, vocês sabem como é né, tira as coisas da mochila e, infelizmente, eu não sou perfeita. Eu não consigo 100% ficar em cima“. A professora, segundo Jennifer, afirmou que grampeou o bilhete para garantir que ele fosse entregue. “Ela falou que tinha pregado o bilhete na camisa dele para a babá tirar e me entregar, sendo que eu falei com ela que o tempo que ela perdeu pregando na camisa dele, ela poderia muito bem ter entregado na mão da babá ou ter colocado dentro da mochila”.
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