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Pela primeira vez, bebê de baleia-jubarte nasce em águas cariocas

Registro foi realizado por pesquisadoras do projeto Ilhas do Rio na região das Ilhas Cagarras; veja vídeo

Por Luiza Maia
5 ago 2022, 14h18
Foto mostra mãe e filhote de baleia
Mamãe baleia e filhote: animais foram vistos por pesquisadoras no mar da região das Ilhas Cagarras (Bia Hetzel/Divulgação)
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Era a manhã de quarta (3) quando Liliane Lodi e Bia Hetzel, pesquisadoras do projeto Ilhas do Rio, partiram em mais uma expedição para monitorar o corredor migratório das baleias-jubarte no litoral carioca. Entre os meses de junho e agosto, é comum ver os enormes animais passarem pela região, ao se deslocarem rumo a Abrolhos, no Sul da Bahia, onde se reproduzem. Mas as pesquisadoras foram surpreendidas com um momento inédito: um bebê baleia-jubarte nadando ao lado da sua mãe, perto das Ilhas Cagarras, na Zona Sul.

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Este é o primeiro registro de um filhote recém-nascido em águas cariocas. “Tão pequenininho, com a dorsal toda dobradinha ainda, é maravilhoso”, diz alegre em vídeo Lidiane Lodi, especialista em cetáceos do projeto, que usou a câmera fotográfica para eternizar o acontecimento. O primeiro bebê baleia carioquinha da espécie foi batizado de Heloísa, em homenagem à Garota de Ipanema. Segundo as pesquisadoras, ela possui pelo menos quatro metros, mas poderá chegar a 15 metros na fase adulta.

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O encontro com o pequeno filhote é um bom indicativo de que o Rio possa vir a se tornar também uma área de reprodução de baleias-jubarte. Em outras saídas de campo este ano, a equipe do Ilhas do Rio, projeto conduzido pelo Instituto Mar Adentro, avistou mais de 50 indivíduos da espécie no litoral da cidade. Somente em uma das expedições, foi observado um grupo de sete baleias interagindo pacificamente com trinta golfinhos-fliper.

Foto mostra mãe e filhote de baleia
Momento inédito: bebê baleia ganha nome em homenagem à Garota de Ipanema (Bia Hetzel/Divulgação)

Apesar do sucesso das saídas de monitoramento, os pesquisadores perceberam ainda a presença de muito lixo na rota das baleias. “A quantidade resíduos também vem sendo estudada pelo projeto para entender como esses animais interagem com o lixo marinho”, explica Liliane.

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