Professores do Rio recebem treinamento para lidar com violência

O curso está sendo ministrado pela Cruz Vermelha para os profissionais da rede municipal de educação que representam 400 escolas de toda a cidade

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 jul 2017, 18h49 - Publicado em 12 jul 2017, 15h07
Treinamento oferecido pelo CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha/Divulgação)
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Representantes de 400 escolas do Rio de Janeiro localizadas em áreas consideradas de risco começaram segunda (10) um curso do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) de Acesso Mais Seguro (AMS) para Serviços Públicos Essenciais. Ao todo, participam desta edição 41 professores.

O curso foi um pedido da Secretaria Municipal de Educação (SMS) para o CICV, que já aplicou a metodologia nas cidades fluminenses de Araruama, Itaboraí, Duque de Caxias, Niterói e na capital, além de Porto Alegre e Florianópolis. Já participaram do treinamento funcionários de 122 unidades de saúde e de 28 equipes de assistência social e educação nesses sete municípios.

Segundo o secretário municipal de Educação, César Benjamin, o termo de acordo prevê a avaliação das vulnerabilidades e condições de segurança dos trabalhadores e colégios, além da definição de ações e estratégias específicas para implementar a metodologia.

“Nós sabemos que esta situação de violência que vivemos hoje foi construída e tem causas sociais, culturais e econômicas. Portanto, a paz ou uma paz relativa também terá que ser construída. Os profissionais de Educação têm legitimidade para a construção da paz. É a legitimidade de quem tem 20% da cidade girando em torno de suas escolas que estamos usando na campanha contra a violência e pela paz no Rio de Janeiro,” disse.

O chefe da delegação regional para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai do CICV, Lorenzo Caraffi, explicou que a situação do Rio de Janeiro não pode ser enquadrada como guerra ou conflito armado, mas sim uma situação de violência urbana.

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“Colaboramos com os serviços públicos no desenvolvimento de procedimentos que ajudem a reduzir e prevenir os impactos da violência no dia a dia dos trabalhadores – professores, assistentes sociais, agentes comunitários de saúde, entre outros – e, em consequência, da comunidade,” explicou.

O curso tem duração de cinco dias, com carga horária de 40 horas, e é uma adaptação do protocolo da CICV para contextos de violência urbana enfrentados pelos próprios funcionários da entidade nos países em que tem operações. O curso abrange a parte teórica e também exercícios práticos.

Segundo a SMS, desde o dia 2 de fevereiro, início do ano letivo, 382 escolas foram fechadas pelo menos uma dia por conta da violência, prejudicando o aprendizado de 129.504 alunos do município. Em 102 dias letivos, apenas em sete escolas da rede funcionaram. Os locais mais afetados são Acari, Complexo da Maré, Complexo do Alemão e Cidade de Deus.

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