Projeto odontológico atende pessoas carentes gratuitamente

Desdobramento da Missão Marajó, que atende ribeirinhos no Pará, ação Missão Sorridente nasceu há três anos e tem apoio da dentista carioca Simone Levy

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 nov 2017, 13h29 - Publicado em 24 nov 2017, 13h28
“Neste projeto, descobri que poderia ajudar os outros com minha atividade profissional” (Felipe Fittipaldi/Divulgação)
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Conversando com um grupo de amigos há cerca de um ano, a dentista carioca Simone Levy, de 31 anos, tomou conhecimento do projeto Missão Sorridente, criado em Rio Bonito, que oferece atendimento odontológico gratuito a pessoas carentes. Imediatamente, resolveu juntar-se ao grupo de voluntários não só para pôr à disposição seus serviços mas também para colaborar com a difusão e a expansão da iniciativa. “Ao saber da proposta, descobri que neste projeto poderia ajudar os outros por meio da minha atividade profissional. Hoje, se eu pudesse, só faria isto: atender gratuitamente. Mas, como os boletos das contas não param de chegar, não dá”, brinca Simone.

O projeto nasceu há três anos e é um desdobramento da Missão Marajó, que tem como foco a população ribeirinha da ilha paraense. Na época, a dentista Hauana Araujo identificou a carência de serviços odontológicos na região e chamou alguns colegas para atender as pessoas no Pará. O sucesso foi tão grande que a Missão Sorridente se tornou independente. “Hoje somos cerca de vinte dentistas, além de profissionais de saúde como enfermeiro, médico e psicóloga”, diz Simone.

O grupo não abandonou a população de Marajó, para onde vai uma vez por ano, mas, com a ajuda de Simone, passou a prestar o mesmo tipo de atendimento no Rio, em escolas públicas, presídios, instituições religiosas e centros de reabilitação para usuários de drogas. “Uma vez por mês nos reunimos e fazemos o que é possível com os recursos que temos, como palestras sobre prevenção de cáries, extração de dentes, limpeza bucal e próteses provisórias”, explica a dentista. Todo o atendimento é custea­do por doações — os pacientes de seu consultório particular, no Largo do Machado, estão entre os mais en­gajados contribuintes. “Peço itens de higiene bucal, como escova e pasta de dente, entro em contato com empresas do setor e participo de eventos para arrecadar dinheiro”, conta Simone, que tem grandes expectativas para o projeto. “Em janeiro, vamos fazer a primeira missão internacional, em Angola, e já estamos nos preparando para nos tornar uma ONG. Em 2018, pretendemos, de fato, nos consolidar, em vez de apenas botar a mochila nas costas e sair por aí.”

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