Ranking: os bairros com mais registros de roubo de celular no Rio
Centro lidera casos de crimes contra pedestres em 2024 e registra alta expressiva nos furtos de aparelhos em comparação ao ano anterior

Acima de todos os outros bairros cariocas, o Centro é, hoje, o território com mais roubos registrados no último ano. Foram mais de 3,5 mil ocorrências de assaltos a pedestres e furtos de celulares em 2024, colocando a região no topo dos índices desses dois crimes. Só os roubos de aparelhos cresceram 55% em relação a 2023.
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Mesmo sendo uma área de grande circulação diária, com trabalhadores e visitantes frequentando seus centros comerciais e empresariais, o número oficial de moradores — cerca de 23,6 mil, segundo o último Censo — ajuda a dimensionar o impacto da violência. Considerando apenas os roubos a pedestres, houve um caso para cada 12 moradores, uma das taxas mais altas do Rio.
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Os dados fazem parte do Mapa do Crime, levantamento do jornal O Globo baseado em registros do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ). O estudo reúne informações sobre quatro tipos de ocorrência: roubos a transeunte, de celular, em transportes públicos e de veículos, oferecendo um panorama detalhado da violência em 147 bairros da cidade.
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No ranking de roubos de celular, o Centro do Rio aparece disparado na liderança, com 1.622 ocorrências no ano passado — o equivalente a um roubo para cada 15 moradores e quase o triplo do segundo colocado, a Tijuca, que registrou 581 casos.
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O levantamento também aponta que os roubos de veículos mais que dobraram na região, saltando de 47 para 123 registros entre 2023 e 2024. Já os crimes em transportes públicos, como ônibus e vans, também cresceram mais de 40% no período, passando de 165 para 233 casos.
Para entender as estatísticas, vale lembrar: o roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — engloba a subtração de qualquer bem pessoal mediante ameaça ou violência, como bolsas, carteiras ou joias. Já o roubo de celular se refere especificamente aos casos em que o aparelho é o alvo, muitas vezes alimentando mercados paralelos e esquemas de revenda ilegal ou desmonte para venda de peças.