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A receita dos médicos para que as crianças cheguem ao século XXII

Vacinação, alimentação equilibrada e atividade física andam juntas quando se fala em saúde infantil, apontam pediatras

Por Renata Busch
10 out 2025, 07h48 • Atualizado em 10 out 2025, 11h13
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Vacinas devem ser aplicadas seguindo o calendário: a imunização correta é inegociável, reforça o pediatra Sidnei Aronovich (Violeta Stoimenova/Getty Images)
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  • Num congresso de pediatria realizado em Denver, nos Estados Unidos, em setembro, o consenso entre os médicos foi de que os pequenos de hoje poderão chegar aos 120 anos.

    Também já se sabe que os primeiros 1 000 dias de uma criança, do início da gestação ao segundo aniversário, representam um momento-chave para a qualidade de vida. “Por isso o acompanhamento médico é obrigatório nesta fase. Sou o primeiro a manusear o ser humano e, se eu cometer um erro, não será o clínico ou o cardiologista a corrigir”, aponta o pediatra Sidnei Aronovich, alertando para a importância das consultas mensais durante o primeiro ano do bebê. “Qualquer fator que fuja do esperado precisa de investigação”, complementa.

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    A disciplina com o calendário de vacinação também é inegociável, já que a imunização é um dos fatores que propiciam vida longa. Na segunda quinzena de novembro, a rede pública passará a aplicar em gestantes a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que evita a bronquiolite, uma das patologias mais letais entre os recém-nascidos.

    A alimentação e a atividade física andam juntas quando se fala em saúde, para não disparar eventuais mecanismos genéticos, a exemplo de uma predisposição a diabetes ou hipertensão. A partir dos seis meses, a criança já pode praticar atividades na piscina. Moradora de Copacabana, Andréia Cruz, 43 anos, parou de trabalhar para se dedicar aos filhos Pedro, 13, e Lucas, 11. Ela nunca falhou no esquema de vacinação e seguiu à risca a recomendação sobre nutrição.

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    “Nos seis primeiros meses, só dei leite materno. Depois, fui introduzindo frutas e papinhas”. O cuidado de evitar ultraprocessados e industrializados criou bons hábitos. “Eu parei de tomar refrigerante na primeira gravidez e os meninos só experimentaram a bebida por volta dos 10 anos. Detestaram”, conta, rindo.

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    De olho no futuro: a dona de casa Andréia Cruz só deixou os filhos provarem refrigerante aos 10 anos – e eles detestaram (Carol Noyer/Divulgação)

    “As células do corpo recebem informações do meio no qual a pessoa está inserida. Por isso, na gestação, a mãe já deve evitar álcool e tabaco, por exemplo”, explica o biologista molecular e professor da UFRJ Mariano Zalis.

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    Em novembro, ele lança A Herança Invisível, livro em que explica que até traumas podem ser passados através do DNA. “O medo de barata, por exemplo, pode ser epigenético. Mas é possível buscar meios para reverter, como a terapia”, analisa.

    Estar presente na vida dos filhos, cobrando resultados na sala de aula e alguma ajuda em casa, é primordial para que os pequenos cresçam de forma sadia. Afinal, disciplina é um gesto de amor. Apesar da lei federal proibir celulares durante as aulas e no recreio, a diminuição do tempo em frente às telas ainda é um desafio.

    “As crianças estão expostas a estímulos rápidos e fragmentados, o que dificulta a manutenção do foco em atividades mais longas, como leitura e resolução de problemas”, avalia o professor e sócio do Instituto Pulssar Victor Strattner, acrescentando que a escola tem papel importante na criação de uma rotina saudável.

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    Brincar sempre faz bem: interação social, de preferência longe das temidas telas, ajuda os pequenos a crescer melhor e mais saudáveis (Carlos Magno/Unsplash/Reprodução)
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    O pediatra Sidnei Aronovich lembra que uma infância feliz passa pela interação social. “Criança tem que descer para o play ou frequentar a pracinha perto de casa. Chamar os primos e os amigos para gastar energia em casa também é uma ótima saída”, aconselha. Crescendo com leveza se chega longe.

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    2 meses: penta (DTP + Hib +HB); poliomielite; pneumocócica; rotavírus humano

    3 meses: meningocócica C

    4 meses: 2ª dose da penta (DTP + Hib +HB) poliomielite; pneumocócica; rotavírus humano

    5 meses: 2ª dose de meningocócica C

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    6 meses: 3ª dose da penta (DTP + Hib +HB); poliomielite; influenza trivalente; covid-19

    7 meses: 2ª dose da covid-19

    9 meses: 3ª dose da covid-19; febre amarela

    1 ano: pneumocócica 10-valente; meningocócica ACWY; tríplice viral SCR

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