Em processo de recuperação, manguezal da Lagoa do Camorim dobra de tamanho

Cobertura vegetal da área chegará a dois hectares; meta da concessionária de água e esgoto Iguá é o plantio de 40 mil mudas

Por Da Redação
Atualizado em 8 ago 2023, 12h59 - Publicado em 7 ago 2023, 12h49
lagoa do camorim divulgação iguá
Lagoa do Camorim: concluída em maio, primeira fase do trabalho incluiu plantação de nove mil mudas em dez mil metros quadrados de área.  (Iguá/Divulgação)
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A área de manguezais plantados às margens da Lagoa do Camorim atingiu na semana passada 20 mil metros quadrados, o equivalente a dois campos de futebol. Até o momento, a extensão recebeu o plantio de 18.500 mudas de mangue-vermelho, espécie nativa no território. Metade desse trabalho, com a plantação de nove mil mudas em dez mil metros quadrados de área, havia sido concluída em maio.

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Realizada pela concessionária de água e esgoto Iguá, em parceria com o biólogo Mário Moscatelli, a revitalização das margens, iniciada em dezembro de 2021, é uma obrigação da empresa prevista no contrato de concessão da Cedae. Segundo a concessionária, os trabalhos começaram pela Lagoa do Camorim por ela ser o principal corredor ecológico entre o Maciço da Tijuca e a Pedra Branca. A meta é o plantio de 40 mil mudas só neste curso hídrico até o fim do ano.

Segundo Moscatelli, no momento há três novas áreas sendo preparadas para receber o plantio: duas na Lagoa do Camorim e uma na da Tijuca, onde será iniciada a quarta frente de trabalho até a segunda quinzena deste mês. A preparação do terreno para receber as mudas inclui a limpeza das margens, seu cercamento, para evitar que resíduos, principalmente domésticos, retornem ao local, e a remoção de espécies vegetais invasoras, que impedem a regeneração dos manguezais.  “Manguezais funcionam como ‘fábricas de vida’. São filtros que contribuem para a qualidade da água, protetor anti-erosivo das margens e anti-assoreamento das lagoas, além de potentes sequestradores e acumuladores de gás carbônico da atmosfera. Ao recuperar esse ecossistema, estamos nos preparando para o que está por vir devido às mudanças climáticas”, explicou o biólogoi ao jornal O Globo, acrescentando que há dois anos, o que havia no entorno da Lagoa do Camorim era um imenso depósito de lixo.

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Em outra frente, a Fundação Rio-Águas, ligada à prefeitura, iniciou, há uma semana, os serviços de limpeza e desassoreamento do Canal do Portelo, no trecho entre a Comunidade Santa Luzia e a Estrada Benvindo de Novaes, em Vargem Pequena. Uma máquina anfíbia faz a remoção de resíduos do curso d’água. O objetivo é evitar alagamentos.

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