Continua após publicidade

Reforma à vista: prefeitura derrota moradores do Jardim de Alah na Justiça

Em ação popular, eles alegavam que a concessão poderia provocar ato lesivo ao patrimônio artístico, estético, histórico ou turístico no parque

Por Da Redação
11 ago 2023, 07h00
Reprodução de como deve ficar o Jardim de Alah após modernização
Rio + Verde: projeto do consórcio vencedor prevê três pontes sobre o canal de águas mais claras. (Instagram/Reprodução)
Continua após publicidade

Não há mais impedimento jurídico para a reforma do Jardim de Alah nos moldes da concessão promovida pela prefeitura do Rio, que teve como vencedor o consórcio Rio + Verde. Na última quarta (9), a juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, titular da 8ª Vara da Fazenda Pública, julgou extinta a ação popular apresentada por moradores da região, preocupados com possíveis danos e descaracterização do espaço, que é tombado. Segundo a magistrada, o novo projeto urbanístico não viola leis ou decretos do município e, portanto, o certame pode prosseguir.

+ Conservação da Mata Atlântica faz animais silvestres voltarem à cena

A ação judicial impedia a homologação do resultado da licitação, mas desde a última segunda (7), o Rio + Verde já está habilitado para assumir o parque de 93,6 mil metros quadrados que fica entre Ipanema e Leblon. Resta agora um último impasse, administrativo: o segundo colocado ainda pode entrar com um recurso contestando o resultado do processo. Caso isso não aconteça, a previsão do secretário municipal de Coordenação Governamental, Jorge Arraes, é de fechar a concorrência e assinar o contrato já na semana que vem.

“O gestor público optou por uma modelagem de licitação que, como autoriza a legislação supra, incluiu como compromisso da empresa contratada a apresentação dos projetos básico e executivo, sendo obrigação do licitante vencedor a obtenção de todas as licenças e aprovações dos órgãos ambientais, urbanísticos, de proteção ao patrimônio histórico e cultural e viários, assim como aquelas decorrentes da própria natureza da área e de suas limitações”, diz a sentença da juíza. Na ação os moradores alegavam que a concessão poderia provocar ato lesivo ao patrimônio artístico, estético, histórico ou turístico no parque.

A concessão de uso do Jardim de Alah havia sido suspensa pela mesma juíza, em junho, em decisão liminar. Na ação popular foram elencadas inúmeras supostas irregularidades levadas em conta pela magistrada, que na ocasião optou por adotar o princípio da prudência, suspendendo apenas o essencial e permitindo que a licitação com a apresentação de propostas prosseguisse seu curso. Com a iniciativa, ela abriu espaço para discussão dos pontos polêmicos do projeto de concessão.

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

O edital de concessão foi lançado em março deste ano pela prefeitura do Rio. Quatro meses depois, o consórcio vencedor da licitação foi anunciado. O vencedor ficará responsável por administrar o Jardim de Alah pelos próximos 35 anos e assumir os custos da revitalização do local – estimados em R$ 112 milhões. O projeto visa criar mais áreas verdes, além de inserir lojas e restaurantes no espaço. A entrada continuará a ser gratuita.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.