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Regiões do Rio estão em estágio de atenção após fortes chuvas

Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Baixada Fluminense são as áreas que podem sofrer mais com as precipitações

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 jan 2018, 13h07
Nova Friburgo
Nova Friburgo: cidade da Região quebrou pela terceira vez este ano o recorde de frio. (Fernando Lemos/Divulgação)
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A cidade de Nova Friburgo, na região centro-norte do Rio de Janeiro, está em estágio de atenção por causa da previsão de chuva moderada a forte no município, que em anos anteriores já sofreu com deslizamentos de terra e alagamentos. A Defesa Civil pediu à população que não reproduza informações sobre desabamentos e enchentes sem confirmação e sugeriu que se evitem boatos.

De acordo com a prefeitura, o sistema de alerta com informações por SMS, adotado em 2011, após a enxurrada em janeiro daquele ano que provocou a morte de 428 pessoas, é o meio mais rápido para fazer o deslocamento dos moradores que estejam em situação de risco. O monitoramento da incidência da chuva é feito de forma constante.

Na avaliação do subsecretário de Defesa Civil, Robson José Teixeira, a população atualmente está mais bem informada das ações de prevenção. “São feitos dois simulados por ano em cada localidade, às vezes simulados noturnos. A cidade está preparada para mudanças de estágios de atenção e alertas. Claro que existem falhas que só aparecem quando acontecem as coisas, mas podemos dizer que estamos bem mais preparados do que em 2011, quando praticamente nem Defesa Civil existia”, disse.

Para Teixeira, o desastre provocado pelas chuvas em 2011 acendeu o alerta não só no município, mas também em outras regiões do país sobre a necessidade de planejamento e ações de prevenção pela Defesa Civil. “A Defesa Civil passou a existir a partir disso. Tínhamos nas grandes cidades, como Rio, São Paulo e talvez em Angra dos Reis, por causa da usina atômica lá, mas na maioria das cidades não existia. De 2011 para cá é que tem uma Defesa Civil Nacional, o Ministério da Integração e da Ciência e Tecnologia deram um reforço significativo nisso”, avaliou.

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Segundo o subsecretário, estudos realizados após a tragédia apontam que 71% do território do município são considerados área de risco por causa das características físicas do local. Por isso, a necessidade de obras de contenção é maior na cidade. “Tem muito lugar para botar muros de contenção, ainda tem local para botar sirene. Esse preparo requer um investimento muito grande devido à porcentagem enorme de áreas de risco que Nova Friburgo tem”, completou.

Desde quarta (3) à noite até a tarde de quinta (4), a cidade registrou chuva forte em alguns momentos mas, segundo o subsecretário, o volume não foi maior do que costuma ocorrer nesta época do ano. A Defesa Civil fez três atendimentos para uma queda de muro e dois deslizamentos, mas sem vítimas. “Não foi nada de extraordinário”, avaliou.

Teresópolis

A previsão de chuva forte também levou o município de Teresópolis, na região serrana, a ficar em estágio de atenção. A Defesa Civil informou que não houve registro de ocorrência nas últimas horas, mas lá também o monitoramento das condições do tempo é permanente, com avisos meteorológicos à população por meio da imprensa e do aplicativo para celular AlertasDCT. O serviço de envio de SMS gratuito de alertas de riscos de desastres utiliza o número do Código de Endereçamento Postal (CEP). Para se cadastrar, o morador deve enviar o seu CEP para 40199 por SMS. A confirmação é feita por mensagem.

Petrópolis

Em Petrópolis, também na região serrana, a Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias registrou cinco ocorrências entre a noite de ontem e a tarde de hoje. Foram três deslizamentos de terra, com queda de árvore e de parte de um muro de contenção. Não houve feridos.

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Como a chuva permanece em algumas regiões do município, a Defesa Civil mantém a cidade em estágio de atenção. A secretaria orientou a população para ter atenção nos acumulados de água que deixam o solo encharcado. O secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz, afirmou que é fundamental que os moradores de áreas de risco tenham atenção redobrada, já que existe a previsão de continuidade da chuva.

O esquema da Defesa Civil conta com 60 agentes em plantão de 24 horas para realizar os atendimentos à população. Em caso de qualquer sinal de instabilidade no imóvel ou terreno, o morador deve ligar para o telefone 199 e pedir uma vistoria preventiva.

Baixada Fluminense

Para evitar enchentes em Duque de Caxias, a Secretaria de Obras fez o trabalho preventivo com a limpeza e desassoreamento de mais de 180 quilômetros de rios e canais nos quatro distritos do município. A intenção é dar maior velocidade de escoamento as águas em dias de chuva.

O secretário de Obras, João Carlos Grilo, disse que não houve contratação de empresa para a realização do serviço, que está sendo executado com equipamentos e mão de obra própria da prefeitura. “Estamos trabalhando para evitar que a cidade sofra nos períodos de chuva forte, frequentes no início do ano”, disse.

Previsão

De acordo com as previsões do site Climatempo, as áreas de instabilidade mais intensas estão saindo do estado do Rio de Janeiro. A chuva já enfraqueceu no centro-sul do estado e até o fim desta quinta-feira o Grande Rio e a região serrana não devem ter mais chuva forte. A meteorologista da Climatempo Josélia Pegorim informou que ainda chove até a noite de hoje em todo o estado do Rio de Janeiro, mas a previsão é de que seja com intensidade, no máximo, moderada . Já no norte e o noroeste fluminense ainda podem ter chuva moderada a forte.

Josélia Pegorim acrescentou que, apesar da diminuição das precipitações, há risco de deslizamento de terra no estado do Rio, principalmente na Baixada Fluminense, região serrana e na Costa Verde por causa do grande volume de chuva que vem caindo desde o fim de 2017.

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