Rodrigo Abreu: “A tecnologia vai caminhar junto com a arte”
Convidado do projeto "Os planos da retomada", o CEO da Oi acredita no potencial dos recursos digitais como ferramenta para a democratização da cultura
Rodrigo Abreu, CEO da Oi, foi o segundo convidado da série Os Planos da Retomada, que busca debater com executivos e empresários soluções e estratégias para reeguer o Rio diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O bate-papo aconteceu nesta terça (9), no Instagram da Veja Rio, e foi conduzido pela editora-chefe da revista, Fernanda Thedim, que abordou desde as mudanças no dia a dia da empresa até o uso da tecnologia na arte. Abaixo, alguns trechos da conversa:
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Empresas do futuro
“Não há dúvidas de que mudanças vão acontecer dentro das empresas após a pandemia. Por exemplo: fizemos uma pesquisa com os funcionários, para saber como estava a percepção deles com relação ao home-office, e mais de 90% do nosso time disse que estava mais produtivo. É um modelo que deve ganhar força mesmo com o fim da quarentena.”
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Novos modelos
“Hoje, no Brasl, temos 30% das lojas abertas e estamos caminhando para 40%. Mudamos todo o protocolo de atendimento, mas enquanto não voltamos à normalidade, também começamos a testar novos modelos de serviços. Certamente será um processo longo e cuidadoso, mas acompanhado de muita inovação em todos os setores da economia.”
O desafio da retomada
“É preciso voltar de maneira organizada. Temos demografias diferentes, demanda sociais diferentes, são muitos aspectos envolvidos. Ficou muito claro, durante a pandemia, que não podemos pensar apenas no indivíduo. Somos um ecossistema. Não adianta você estar bem, com saúde, com emprego, se você não pode sair de casa. É hora de pensar no coletivo”
Tecnologia é uma arte
“O brasileiro é um dos povos que mais gosta de tecnologia. Basta ver o caso das lives e como elas têm feito sucesso. Em pouco tempo, passamos a criar as maiores lives do mundo. É a maior prova de que a tecnologia não vai substituir a arte, ela vai caminhar junto, inclusive ampliando o acesso à cultura. Alguém na Holanda pode visitar o Oi Futuro, como eu posso ver hoje pelo meu computador um museu no interior da Europa.”
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Musehum on-line
“Reinaugurado em janeiro de 2020, o Museu das Humanidades e Comunicações, agora Musehum, que funciona no Oi Futuro, está com várias atividades digitalizadas (webinars e espetáculos teatrais) e a partir de 15 de junho também disponibilizará parte do acervo pela internet. Serão 3,8 mil itens históricos à disposição do público, 95% deles nunca exibido ao público.”
Investimentos à vista
“Ampliar a rede de fibra ótica, garantindo assim uma internet ainda melhor, é a grande aposta da companhia. Por mês, o Oi Fibra fica disponível em mais de 400 mil domicílios, o que resulta em média em 100 mil novos usuários conectados por mês. Em maio, a companhia atingiu a marca de 1 milhão de clientes de fibra ótica em 112 cidades de todas as regiões do país e estamos trabalhando para dobrar esse número até o fim do ano. Para isso, será necessário um grande investimento em infraestrutura.”
O impacto digital
“O coronavírus acelerou um processo de digitalização que já estava em curso há alguns anos. Em 2 meses, as compras online triplicaram. Nosso atendimento por inteligência artificial, por exemplo, subiu 200% neste período. A exploração dos recursos digitais vão crescer ainda mais e vieram para ficar, até pela praticidade que oferecem no nosso dia a dia.”
As entrevistas do projeto “Os planos da retomada” acontecem sempre às terças, às 15h, pela Instagram da Veja Rio. Para as próximas semanas já confirmaram presença no bate-papo virtual o presidente da Fecomércio Antonio Queiroz, o CEO da Dream Factory Duda Magalhães, e o diretor da Multiplan Gabriel Palumbo.