Cabral: TJ nega recurso e ex-governador fica mais tempo em regime fechado
Cinema na cadeia é considerado indisciplina grave e atrasa progressão de pena do político, preso desde 2016
O cinema que Sérgio Cabral montou em 2017 na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, custou caro ao ex-governador. Como punição, considerada falta disciplinar grave, a justiça decidiu atrasar em 11 meses a progressão de pena que o levaria para o regime semiaberto. Cabral entrou com um recurso contra a decisão, mas a 7ª Câmara Criminal do TJ do Rio negou o pedido nesta quinta (6).
Em outubro de 2017, foi descoberto que Cabral tinha acesso, no presídio de Benfica, onde estava preso, a uma televisão de 65 polegadas, caixas de som, um aparelho blue-ray, e mais de 150 filmes em CD. Quando a notícia veio à tona, um processo administrativo foi aberto para investigar o caso e o ex-governador foi transferido para Bangu, onde ficou 30 dias em isolamento – e onde segue encarcerado.
A concessão do regime-semiaberto é dada ao preso a partir do cumprimento de um sexto da pena mais a avaliação de bom comportamento. A contagem para a obtenção do direito é iniciada no mesmo dia da prisão, no caso de Sérgio Cabral, durante a operação Calicute, em novembro de 2016. Mas com a indisciplina, a contagem foi reiniciada. Somadas, as penas chegam a 282 anos.