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Terreno de construtora em Niterói vira mistério para arqueólogos

Vestígios de cemitério ancestral estão sendo estudados em área que está dentro de sítio arqueológico

Por Redação
6 Maio 2024, 16h37
Sítio arqueológico: área tem vestígio de cemitério ancestral em Camboinhas (./Divulgação)
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Um estudo em andamento investiga uma possível ossada de sepultamentos humanos na área do Sambaqui Camboinhas, próximo à Rua Professor Florestan Fernandes, na Região Oceânica. A equipe técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acompanha as atividades no terreno que fica dentro de um sítio arqueológico que remonta a cerca de sete mil anos atrás.

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As pesquisas que estão sendo realizadas pela empresa A Lasca Arqueologia, de São Paulo, vão indicar se este é o primeiro vestígio de um cemitério ancestral no local. A empresa VKS Imobiliária, proprietária do terreno, disse não ter o que declarar enquanto o estudo estiver em andamento.

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O professor do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas Indígenas da Uerj, Anderson Marques Garcia, que desenvolve um projeto de campo com os alunos da universidade no Museu de Arqueologia de Itaipu, diz que os indícios deveriam suspender qualquer projeto de construção no terreno:

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É como se construíssem prédios em cima do Cemitério São João Batista, em Botafogo. No dia em que acharam este vestígio por acaso estava passando por lá e pude ver o que foi encontrado. A equipe de arqueólogos retirou o material para analisá-lo e preservá-lo de qualquer incidente”, disse o professor.

A arqueóloga do Museu Nacional Maria Dulce Barcellos Gaspar explica que os montículos de terra encontrados na Região Oceânica são os mais preservados do país. E que as conchas encontradas junto a estes pontos demonstram a intenção de preservar os corpos que eram enterrados. Pela alta concentração de cálcio, as conchas ajudam na conservação do material encontrado milênios depois.

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A Lasca Arqueologia informou ao jornal O Globo que os estudos estão em curso e não há conclusões científicas até o momento: “As evidências de sepultamento ainda dependem de relatórios e orientações do Iphan, pois todos os procedimentos são devidamente registrados e orientados pelo órgão”.

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