Em junho do ano passado, o cantor e banjoísta, responsável pelos vocais do Exaltasamba ao lado de Péricles, anunciou que seguiria em carreira-solo e que o grupo paulista só continuaria tocando até fevereiro. Com o fim cada vez mais próximo, as apresentações se tornaram ainda mais concorridas e a vida do quinteto, uma maratona. Até o dia 22 de fevereiro, data anunciada da despedida, os músicos vão subir ao palco todos os dias, sem folga – nas segundas de janeiro, comandam uma roda de samba no Vivo Rio. Num raro momento em casa, em São Paulo, Thiaguinho contou como faz para suportar a rotina corrida e falou sobre o sucesso do amigo Michel Teló, que ele considera um novo embaixador da cultura brasileira.
Em fevereiro você segue em carreira-solo. E os outros integrantes do grupo? Vou gravar meu DVD em abril e o Péricles segue a carreira dele. Os outros também vão seguir seu caminho, não sei o que eles vão fazer. É até difícil falar pelo grupo, não me sinto à vontade.
Por que o Rio foi escolhido para o show de despedida, em fevereiro? É um reconhecimento à recepção que os cariocas sempre nos deram. Não existe mais aquela rixa de Rio e São Paulo. A gente fez vários projetos de temporadas na cidade. Primeiro no Via Show, depois no Olimpo e, no ano passado, no Monte Líbano, em que participaram convidados legais como a Sandra de Sá e o Marcelo D2. Só ficamos devendo a gravação de um DVD, mas não vai dar tempo.
Música sua, Fugidinha fez muito sucesso na voz do Michel Teló. O que acha do novo hit dele? Conheço o Michel do tempo em que eu morava no interior de São Paulo e ele ainda fazia parte do grupo Tradição. Sempre batalhou muito e merece. Acho bacana saber que Ai Se Eu Te Pego está superando os limites do país. Ele está divulgando a cultura brasileira mundo afora e mudou o jeito como as pessoas encaram o sertanejo.