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“Tive uma crise de choro”, conta moradora ao fugir de tiros em Jacarepaguá

Os relatos são de medo, correria e bloqueios em meio à maior operação de segurança no Rio em 15 anos

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 out 2025, 11h23 •
Operação no Complexo do Alemão
Megaoperação: cinco policiais militares foram flagrados furtando armas e equipamentos durante megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, em outubro (Record TV/Reprodução)
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  • A cidade do Rio vivenciou momentos de pânico e teve diversos bairros paralisados na terça (28) durante a operação policial realizada nos Complexos da Penha e do Alemão.  Ao longo de todo o dia, houve bloqueios em várias vias da cidade, dificultando o deslocamento de milhares de pessoas. Moradores tiveram que se abrigar em meio a tiroteios intensos. Até o momento, foram confirmados mais de 60 mortos e 80 presos na ação, de acordo com a polícia.

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    Segundo a Polícia Militar, criminosos da facção Comando Vermelho receberam ordens para interditar as principais vias da capital fluminense. No período da tarde, houve superlotação e tumulto nas estações de metrô e pontos de ônibus.

    Presa no meio de um tiroteio enquanto voltava para casa de ônibus, a professora Marise Flor precisou descer na estação Outeiro Santo, no corredor Transolímpica, em Jacarepaguá, enquanto aguardava o filho buscá-la. Ele foi impedido de prosseguir  devido às barricadas erguidas por facções criminosas no trajeto.

    Marise relatou que os policiais chegaram disparando, para dispersar quem ainda permanecia nas imediações. Nesse momento, ela voltou para dentro da estação em busca de abrigo. “Entrei na estação de volta por baixo da roleta para me esconder dos tiros”, disse a professora, que só conseguiu deixar a estação mais tarde. “Meu filho conseguiu me pegar e cheguei em casa. Depois que tudo terminou, eu senti uma dor forte no estômago e  desabei. Tive uma crise de choro”.

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    Foram vários os relatos de moradores que enfrentaram dificuldades para se deslocar. A atendente de quiosque Mariana Colbert, de 24 anos, grávida de quatro meses, teve problemas para sair de casa, no Engenho da Rainha. Ela contou que, por volta das 8h30, as ruas do bairro já estavam interditadas. Três ônibus foram atravessados na pista, e, segundo as autoridades, mais de 50 veículos foram utilizados como barricadas em diferentes pontos da cidade.

    Mariana precisou caminhar até Inhaúma para tentar chegar ao trabalho. Ela relatou que o motorista do ônibus alterou o trajeto para evitar a passagem por uma comunidade controlada pelo Comando Vermelho, alvo da megaoperação. “Levei uma hora para chegar ao trabalho, mas consegui. Muita gente não foi trabalhar, e várias lojas ficaram fechadas. Quando deu 16h, fui liberada. Peguei um Uber, que estava mais caro, mas consegui chegar rápido em casa. Quando voltei, a pista já estava liberada e havia muita polícia nas ruas”, contou.

    De acordo com o governo do estado, o Rio de Janeiro vive a maior operação de segurança dos últimos 15 anos. Cerca de 2,5 mil policiais civis e militares foram mobilizados nas ações nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de capturar lideranças criminosas e conter a expansão territorial do Comando Vermelho.

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    A operação, que já registra pelo menos 64 mortos, é também a mais letal da história recente do estado, superando a do Jacarezinho, em 2021, que resultou em 28 mortes.

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