Reta final da Olimpíada cria 90 000 postos de trabalho

Comitê Rio 2016 anuncia abertura de 5 mil vagas diretas para trabalhar no QG dos jogos, além de 85 mil empregos indiretos

Por Luna Vale
Atualizado em 2 jun 2017, 12h27 - Publicado em 19 set 2015, 01h00
Marcella Sales e André Pereira: o contrato é temporário, mas eles vão participar da Rio 2016
Marcella Sales e André Pereira: o contrato é temporário, mas eles vão participar da Rio 2016 (Bianca Pimenta/)
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Em meio às notícias de demissão em massa nas grandes empresas e diante da maior taxa de desemprego dos últimos três anos, um setor em especial parece não ter sido afetado pela crise econômica que assola o país. Impulsionada pela realização da Olimpíada, em agosto do próximo ano, a área de eventos está superaquecida, com uma previsão de 90 000 vagas para quem tem interesse em trabalhar na reta final da preparação dos jogos ou mesmo durante as competições. Só dentro do Comitê Rio 2016 serão mais de 5 000 novos contratados. As oportunidades abrangem as mais variadas carreiras — de logística e comunicação a tecnologia da informação, passando por diferentes níveis e salários (veja o quadro ao lado). “Há desde cargos gerenciais até postos para quem está começando. Um recém-formado poderá ter sua primeira experiência de mercado de trabalho já numa Olimpíada”, explica Henrique Gonzalez, diretor de RH do comitê organizador, que articula parcerias com cursos técnicos e universidades para atrair a mão de obra jovem.

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+ Ex-atletas atuam nos bastidores da organização da Rio 2016

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Independentemente do cargo, um dos grandes atrativos para os candidatos, sem dúvida, é a chance de trabalhar (e colocar no currículo) em um evento global do porte de uma Olimpíada. Com isso em mente, a analista de recursos humanos Marcella Sales não pensou duas vezes ao trocar a multinacional onde trabalhava por uma vaga no comitê organizador dos Jogos. “Não é uma oportunidade qualquer. Estamos falando de um megaevento, que certamente pesará muito na minha carreira e na formação profissional”, afirma. Já o atleta paralímpico André Pereira viu a vaga de assistente administrativo como uma forma de participar dos Jogos. “Já que não vou competir, pelo menos assim eu conseguirei fazer parte desse evento tão grande e complexo”, afirma. Aos interessados, 200 vagas já estão disponíveis para este ano e mais 200 posições têm início previsto para janeiro, em sete áreas distintas e com salários entre 1 500 e 6 000 reais. Todas as oportunidades são temporárias, mas garantem uma experiência única no maior evento esportivo do mundo. 

 

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