VEJA Rio recomenda
Quatro atrações imperdíveis nesta semana no Rio, como o show de Alanis Morissette, que não vem há três anos à cidade
TEATRO
O Filho da Mãe. Em 2009, na sua estreia no Rio, a comédia foi defendida em cena pela própria autora, Regiana Antonini, que interpretou o papel da progenitora em crise porque o rebento decide estudar no exterior. No ano seguinte, com elenco mudado, a peça iniciou bem-sucedida temporada em São Paulo. Agora em cartaz no Teatro Vannucci, essa montagem traz um detalhe que faz toda a diferença: quem interpreta a mãe é um homem, Eduardo Martini, também na função de diretor. Ator de reconhecidos dotes cômicos, ele deita e rola nas cenas forjadas para buscar o riso da plateia, mas também convence nas poucas passagens emotivas. Bruno Lopes interpreta o filhão em desempenho correto. O texto intercala a ação passada na véspera da viagem do rapaz com momentos em flashback de situações típicas do convívio entre mães corujas e seus herdeiros. Dá para rir um bocado e, sabe-se lá o que passa na cabeça de uma matriarca, até chorar.
EXPOSIÇÃO
Lasar Segall. Artista inquieto, Segall (1891-1957) passou do impressionismo ao expressionismo. Foi pintor, gravador, escultor e desenhista. Nascido na Lituânia, estudou na Alemanha e, no longínquo ano de 1913, expôs em São Paulo e Campinas. Uma década depois, voltou, estabeleceu fértil relação com os jovens da Semana de Arte Moderna de 1922 e, após idas e vindas, passou o resto da vida no país. O talento europeu influenciado por luzes, cores, cenas e pessoas do Brasil é o autor das 72 criações, muitas inéditas, reunidas na mostra Lasar Segall ? Obras sobre Papel: Pinturas, Desenhos e Gravuras. Na Pinakotheke Cultural, em Botafogo, trabalhos de traços simples e inconfundíveis, a exemplo do autorretrato de 1933, são acompanhados de um bônus precioso: códigos de barras (QR Code) franqueiam, através de celulares com câmera, mais informações sobre a exposição.
DANÇA
Grupo Corpo. Após curta temporada carioca no ano passado, e aprimorada em dezesseis apresentações na Maison de la Danse, na França, Sem Mim, a última coreografia da prestigiada companhia mineira, ganha mais quatro sessões no Theatro Municipal a partir de quinta (6). Criação de Rodrigo Pederneiras, a 35ª do grupo, o espetáculo é embalado por canções medievais da Galícia, compostas no século XIII. Adaptadas por Carlos Núñez e José Miguel Wisnik, elas ganharam a voz de, entre outros, Milton Nascimento, Chico Buarque e Mônica Salmaso. Antes de traduzirem em movimento os temas galegos sobre mulheres chorando seus amores e entes perdidos, com os bailarinos pedindo em ondas humanas ao mar que os devolva, os integrantes da trupe mostram Benguelê, de 1998. Com trilha sonora de João Bosco, a obra explora a forte presença da herança africana na cultura brasileira. Aos mais dispostos, um aviso: no domingo (9), às 11h, Sem Mim será dançada no mesmo palco, com ingresso a 1 real.
SHOW
Alanis Morissette. Há três anos sem vir ao Brasil, a cantora canadense desembarca na cidade para única apresentação no Citibank Hall. Na sexta (7), cumpre parte da turnê de lançamento do sétimo disco, Havoc and Bright Lights. Ela já é local: na visita anterior, passeou pela Amazônia e manteve a forma em corridas na orla de Ipanema sem ser perturbada. Com dezessete anos de estrada, sete Grammy e 60 milhões de cópias vendidas, conquistou o público exibindo interpretações expressivas ? no começo, seu estilo no palco chegou a ser comparado ao de Janis Joplin. Devem aparecer no repertório Guardian e Havoc, ambas do novo CD, além de pontos altos da carreira, para alegria dos fãs: estão previstas Ironic e Hand in My Pocket, do álbum de estreia, Jagged Little Pill (1995). Alanis divide os aplausos com David Levita e Jason Orme (guitarras), Victor Indrizzo (bateria), Mike Farrell (teclados) e Cedric Lemoyne (baixo).