VEJA Rio recomenda
Os shows de Tony Bennett e Madonna, a exposição de Jaildo Marinho e a peça de teatro Freud - A Última Sessão
SHOWS
Tony Bennett. Exímio intérprete da grande canção americana nascido em Nova York pouco mais de dez anos após um certo Frank Sinatra, Anthony Dominick Benedetto não desperdiçou nem um instante lamentando a concorrência. Atravessou décadas de bem-sucedida carreira com um sorrisão no rosto ? o mesmo com que recebeu dezessete Grammy. De volta à cidade, ele se apresenta na quinta (29) para badalar o lançamento do CD Tony Bennett: Vivo Duets, no qual divide as faixas com uma turma eclética que vai de Christina Aguilera à brasileira Ana Carolina. Os fãs mais ortodoxos não precisam se preocupar: no Vivo Rio, o cantor de 86 anos reparte o microfone apenas com a filha Antonia, sua fiel companheira no palco, em repertório infalível. A lista de clássicos prevista inclui The Way You Look Tonight e I Left My Heart in San Francisco. Saiba mais na coluna Shows.
Madonna. A rainha do pop fecha a agenda de megaespetáculos do ano no domingo (2), no Parque dos Atletas. Tudo é grandioso na turnê do disco MDNA: diante dos telões, uma passarela, elevadores e escadas interligam os palcos por onde a estrela saltita, ao lado de 22 bailarinos. Mais de 700 elementos compõem os figurinos usados, assinados por estilistas como Jean-Paul Gaultier e Alexander Wang. No espetáculo de duas horas tem até música: as novas Give Me All Your Luvin? e Girl Gone Wild dividem o espaço com poucos hits antigos, como Like a Virgin, Vogue e Express Yourself. Outro atrativo, além da participação do rapper Will.i.am, líder do Black Eyed Peas, foi a queda no preço dos ingressos, a exemplo do que aconteceu recentemente com sua arquirrival Lady Gaga. Melhor para os fãs. Saiba mais na coluna Shows.
EXPOSIÇÂO
Jaildo Marinho. Nascido em 1970, o artista pernambucano vive em Paris desde a década de 90 e construiu uma sólida carreira no exterior. É pouco conhecido no Brasil, o que só aumenta a surpresa de quem visita a mostra Jaildo Marinho ? Le Vide Oblique, na Pinakotheke Cultural, em Botafogo. A versão carioca da individual homônima exibida na capital francesa no início do ano traz 41 trabalhos. Vinte esculturas de mármore branco oferecem formas de insuspeitada leveza, caso de 3 Stelas Noir (2012). Completa a lista o colorido alegre de 21 pinturas com tinta acrílica. Quadros como Lignes Obliques Nº 428 (2007) evidenciam a influência do construtivismo, mas Marinho também bebeu em outras fontes. Na Europa, conheceu o uruguaio Carmelo Arden Quin (1913-2010), um dos fundadores do movimento Madi. Da escola surgida na Argentina, nos anos 40, aprendeu que as obras não têm um limite estabelecido ? e faz bom uso desse ensinamento. Saiba mais na coluna Exposições.
TEATRO
Freud – A Última Sessão. Ateu convicto na juventude e cristão fervoroso a partir dos 31 anos, o escritor irlandês C.S. Lewis (1898-1963) viveu em Londres na mesma época que Sigmund Freud (1856-1939). A comédia do americano Mark St. Germain, em cartaz no Centro Cultural Correios, promove um fictício e instigante encontro entre o autor da série de livros infantis As Crônicas de Nárnia e o pai da psicanálise, que chegou a descrever em seus estudos a fé em Deus como uma postura ?incongruente com a realidade?. No palco, em 1939, Lewis (Leonardo Netto) e Freud (Helio Ribeiro) esgrimem palavras em diálogos bem construídos, plenos de reflexões e de humor. No funcional cenário de José Dias, o consultório do psicanalista serve de ringue. Sob a direção pouco invasiva de Ticiana Studart, Netto encarna um Lewis cioso de suas opiniões, mas respeitador, enquanto Ribeiro está impagável como um cínico Freud. Clique aqui para saber mais.