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Título da Viradouro acentua renovação de carnavalescos do Rio

Carnavalescos vencedores Tarcisio Zanon e Marcus Ferreira têm 32 e 35 anos, respectivamente. Veteranos Rosa Magalhães e Laíla amargaram rebaixamento

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 27 fev 2020, 11h58 - Publicado em 27 fev 2020, 11h55
Alma lavada: foi assim que os carnavalescos Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira se sentiram ao conquistar o título (Alexandre Macieira/Riotur)
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O título da Viradouro no Carnaval carioca de 2020 deixa um fato claro: os jovens carnavalescos estão bombando. Leandro Vieira, de 36 anos, titular da Mangueira e bicampeão pela Verde e Rosa parece ter aberto os caminhos para os vencedores deste ano, Marcus Ferreira, 35, que estreou no Grupo Especial, e Tarcísio Zanon, 32, pela segunda vez à frente de uma grande escola. O casal da Viradouro teve apenas nove meses para projetar o desfile, após uma briga da Viradouro com o veterano Paulo Barros. Marcus e Tarcísio levaram à Avenida um enredo arrojado e luxuoso sobre as ganhadeiras de Itapuã.

A nova geração vem superando nomes premiadíssimos como os rebaixados Rosa Magalhães, que assinou o desfile da Estácio de Sá, e Laíla, titular na União da Ilha em 2020. Laíla, no entanto, foi campeão com a Águia de Ouro em São Paulo, com enredo sobre o educador Paulo Freire.

Na Grande Rio, que conquistou o segundo lugar, contou com os estreantes no Grupo Especial Gabriel Haddad, 31, e Leonardo Bora, 33 anos. A homenagem ao pai de santo Joãozinho da Gomeia encantou o público e os jurados. Os carnavalescos fizeram parcerias com a Escola de Belas Artes da UFRJ, a PUC e o Instituto Federal do Rio e se dedicaram a alegorias e fantasias com toques artesanais, com técnicas como macramê e crochê.

Essa nova geração de Carnavalescos cresceu nos anos 90 assistindo a desfiles icônicos de Joãosinho Trinta, e dos hoje concorrentes Renato Lage e Rosa Magalhães. Atualmente, com o arrocho financeiro praticado pela maioria das agremiações e a quase escassez dos enredos patrocinados, a criatividade tem que se sobressair e a juventude, antenada, leva à passarela do samba o descontentamento com a política e as mazelas sociais.

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