Alice Granato

Por Alice Granato, jornalista, autora e editora de livros

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“Cine Brasilis”: A reinvenção dos profissionais do audiovisual

Com o efeito pandemia, equipes de filmagem apostam na gastronomia e confeccionam produtos artesanais

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Atualizado em 21 set 2020, 12h17 - Publicado em 19 set 2020, 10h43

A pandemia exigiu reinvenção de todos. Muitas profissões realmente pararam e o cinema foi uma delas. Profissionais do audiovisual e amigos das equipes de filmagem, resolveram se unir e acionar o plano B ou, como chamam nos dias em que fecha o tempo: “Opção Chuva”. “O cinema é uma engrenagem. O trabalho de um depende do outro”, diz a continuísta Fernanda Colin. Ela iria começar a rodar o filme “Grande Sertão: Veredas”, com o diretor Guel Arraes, quando o mundo parou. Fernanda, seu marido, o diretor de fotografia Léo Vasconcellos, e mais um grupo do cinema, decidiram então apostar na gastronomia. Cozinhar é também uma paixão de todos que estão se envolvendo no projeto “Cine Brasilis”. Entre eles, a figurinista Gab Marra, na produção de massas, o foquista Dudu Pessoa, fazendo cookies, e os técnicos de som, Altyr Pereira , confeccionando queijos, e Breno Furtado, maturados e defumados.

São produtos artesanais criados por eles com o mesmo comprometimento e amor dos sets de filmagem. “O cinema nos ensina a enfrentar desafios, nos adaptar às mudanças, traçar estratégias, resolver problemas inesperados que surgem. Criamos muitas parcerias nesse caminho e assim seguimos”, define Fernanda. Ela e o marido Léo montaram uma padaria em casa, a “Fermento e Farinha”. Fernanda sempre amou cozinhar, estudou gastronomia no Sul, e agora conseguiu realizar esse desejo que, no futuro, quer equilibrar com seu trabalho no cinema. Entre as delícias criadas para a cesta, estão o pão rústico sourdough (com azeitonas pretas ou mix de queijos), tábua de maturados e defumados, geleia de abacaxi com pimenta, cookies sortidos. Agora que tal aproveitar a cesta curtindo um bom filme? “O que mostra o quão essencial é nosso trabalho audiovisual”, enfatiza Fernanda.

Salve o nosso Cine Brasilis!