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Dra. Danielle Negri

Por Danielle Negri, pediatra especializada em neonatologia formada pela Universidade Federal Fluminense Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde

A imunização nos primeiros meses de vida

Vacinação é essencial para evitar doenças e fortalecer a proteção do organismo

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Atualizado em 12 jun 2023, 15h07 - Publicado em 12 jun 2023, 12h17
Um bebê e sua mãe deitados na cama
 (polina-tankilevitch/Pexels)
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A imunização na primeira infância é extremamente importante e vital para a longevidade das crianças. Ainda nesta fase da vida podemos prevenir e evitar que doenças venham ser manifestadas no organismo infantil e também quando adulto. Vocês sabiam que o leite materno é considerado a primeira “vacina” natural? O colostro, primeiro líquido produzido pelas mamas da mãe é altamente rico em proteínas. Suas substâncias tornam o sistema imunológico da criança mais poderoso, através dos anticorpos, enzimas e células brancas do sangue. Desta forma, a probabilidade dos bebês sofrerem com infecções é bem menor.

Outra curiosidade, é que os bebês, ainda na barriga da mãe, são imunizados através da placenta e mesmo após o nascimento, essa defesa ainda continua ativa pelo sangue que circula no corpo. Mas, se o leite materno e a placenta já contribuem para a imunidade dos recém-nascidos, por que eles precisam ser vacinados?

Por mais que o leite materno seja fundamental e o bebê já absorva proteção através da placenta, seu organismo ainda não é capaz de enfrentar e resistir a outras doenças. Entre as principais e mais graves estão: paralisia infantil, tuberculose, hepatites, sarampo, coqueluche, difteria, tétano, gripe, pneumonia, doença meningocócica, varicela, rubéola, febre amarela e caxumba.

Após o nascimento, a primeira vacina que o bebê deve receber é a BCG (Bacilo Calmette – Guerin), que blinda contra as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea, além da dose inicial da vacina contra Hepatite B. Aos 2 meses, entra em cena a dose da Hexavalente, que combate difteria, tétano, coqueluche acelular diminuindo reação de dor na região e febre intensa, além de hepatite B e Haemophilus Influenza, Poliomielite 1, 2 e 3. Também deve ser aplicada a Pneumocócica 13 Valente que neutraliza pneumonia, otite, meningite e demais doenças causadas pelo pneumococo. A Rotavírus Pentavalente também é indicada nesta faixa, pois previne 5 subtipos de diarreia ocasionada por rotavírus.

As principais vacinas dos 3 meses são a Meningocócica ACWY e a Meningocócica B. Aos 5 meses, entram em ação a Hexavalente, pneumocócica 13 Valente e a Rotavírus Pentavalente. Com 5 meses, deve ser ministrada a segunda dose da Meningocócica ACWY e Meningocócica B. Aos 6 meses, o organismo do recém-nascido já pode receber a terceira dose da Hexavalente, Pneumocócia 13 Valente, Rotavírus Pentavalente e a primeira dose da Influenza Tetravalente. Com 7 meses, é o momento da segunda dose da Influenza Tetravalente e com 9 meses, a primeira dose contra a Febre Amarela.

Devemos alertar os pais para as consequências que a não imunização pode trazer, como o retorno de doenças que já estavam erradicadas. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2022, a cobertura vacinal contra a poliomielite teve um resultado de 77,16%, bem abaixo da taxa de 95%, estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Lembre-se que vacinar o seu filho é um ato de amor e proteção. Além de contribuir para a saúde dele, você também está prevenindo toda a população. Esteja atento a carteira de vacinação do seu bebê. Ela é importantíssima e deve acompanhar a criança sempre.

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