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Esquinas do Esporte

Por Alexandre Carauta, jornalista e professor da PUC-Rio Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Pelos caminhos entre esporte, bem-estar e cidadania

Um menino do Rio nadando decidido para a História

Depois de faturar quatro ouros no Pan, Guilherme Costa alivia a maratona de treinos e provas atrás do pódio olímpico com a praia, a altinha, o futevôlei

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Atualizado em 13 nov 2023, 13h17 - Publicado em 13 nov 2023, 10h00
De olho em Paris 2024, Guilherme Costa, o Cachorrão, comemora uma das quatro medalhas conquistadas no Pan (- Satiro Sodré / CBDA/Divulgação)
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Guilherme Costa é um sujeito de palavra. Faturou no Pan, mês passado, em Santiago, os quatro ouros que prometera (400m, 800m, 1500m, revezamento 4×200). Mal teve tempo de tirar onda. Emendou no Troféu Finkel, principal competição do país, mais quatro vitórias, douradas por recordes continentais e brasileiros.

Aos 25 anos, Cachorrão, como é chamado desde adolescente, integra o time de jovens talentos que acendem nossa esperança de medalhas na Olimpíada de Paris. Em meio à maratona de provas, treinos, viagens, ele contou, num papo por vídeo, os planos para os Jogos do próximo ano, com escala no Mundial de Doha, e relembrou o feito pan-americano. Também revelou delícias cariocas que adoçam as raras folgas do menino do Rio decidido a fazer história na natação.

Dito e feito: você conquistou no Pan os quatro ouros prometidos. O que mais contribuiu para a façanha?

Os treinos intensos e a determinação. Pensava nas provas dia a dia. A torcida também ajudou muito. Era grande, entusiasmada. Fez a diferença, sobretudo na largada.

E a principal dificuldade?

O intervalo curto entre as provas. Às vezes, ficava difícil aguentar.

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O feito pan-americano e outras vitórias, outros recordes, atestam a sua fase formidável. Cheiro de medalha na Olimpíada de 2024?

Quero muito ganhar os 400m, tanto no Mundial, em fevereiro, quanto nos Jogos Olímpicos, em julho. Resultados como os do Pan aumentam a minha confiança.

O que você precisa melhorar rumo ao sonho do pódio em Paris?

Venho aprimorando a força desde o Mundial deste ano, no Japão. Agora é adaptá-la para melhorar a performance na água.

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Alguma inspiração, em especial?

Várias. Por exemplo, Michael Phelps (28 medalhas olímpicas), Gustavo Borges (quatro olímpicas), Thiago Pereira (23 pan-americanas).

Como anda a natação brasileira às vésperas do ano olímpico?

Está razoavelmente bem. Contamos com novas gerações de nadadoras e nadadores talentosos, como a Stephanie Balduccini e o meu xará, Guilherme Caribé (três ouros no Pan). O Guilherme divide comigo o quarto e os objetivos. Estamos no mesmo caminho.

Quais os próximos passos desse caminho?

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Seguir o bom ritmo de treinos e competições até a Olimpíada. Como eu disse, vou atrás do ouro no Mundial de Doha. Antes, treinarei 21 dias na altitude de Livino, na Itália.

Quando você descola uma folga, o que não pode faltar?

Praia e churrasco, ou comida japonesa, com os amigos. Sempre que posso, brinco de altinha na praia. Também jogo futevôlei, em geral no meu condomínio. Curto muito a vocação carioca para lazer ao ar livre. O Rio é maravilhoso para quem gosta de esporte.

Curte alguma praia, em particular?

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Joá, pela beleza. Mas também frequento a praia da Barra, até porque fica próxima da minha casa, nas imediações do Parque Olímpico.

Ainda falando da sua vida social, o apelido dado pelos amigos, Cachorrão, virou quase uma marca…

Pois é. O apelido me acompanha desde a adolescência, quando eu estava em Angra com a galera. Fui pegar a bola que tinha caído perto de um cachorro e ele me mordeu. No dia seguinte, o cachorro não estava mais lá. Aí meus amigos botaram pilha de que o bicho tinha sumido por minha causa. Passaram a me chamar de Cachorrão. Pegou.

Fora os pódios no Mundial e nos Jogos de 2024, que outros voos você projeta no horizonte?

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No longo prazo, gostaria que a natação brasileira construísse uma ligação mais potente com a escola, com o universo educacional.

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Acrobacias em duas rodas

A tal vocação esportiva ronca alto sábado agora (18), com o Rio Freestyle Motocross. A prova reúne, na Jeunesse Arena, às 19h, craques como os japoneses Taka Higashino, vencedor do ano passado, e Genki Watanabe, o Wanky; e os brasileiros Fred Kyrillos, pentacampeão nacional, Jeff Campacci, Marcelo Simões, Diego Dias, Pedro Nougalli, Tata Mello, os irmãos Gian e Pao Bergamini.

Pelo menos seis mil espectadores devem acompanhar de perto as manobras em duas rodas. Serão transmitidas pelo Sportv.

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Alexandre Carauta é jornalista e professor da PUC-Rio, doutor em Comunicação, mestre em Gestão Empresarial, pós-graduado em Administração Esportiva, formado também em Educação FísicaOrganizador do livro “Comunicação estratégica no esporte”.

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