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Fabiano Serfaty

Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD. Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.

Tudo que você precisa saber sobre a dengue

Sintomas incluem febre, dores de cabeça, no corpo e articulações, além de náuseas e vômitos; em alguns casos podem surgir manchas vermelhas na pele

Por Dr. Fabiano M. Serfaty e Dr. Daniel Soranz
Atualizado em 26 jan 2024, 11h10 - Publicado em 25 jan 2024, 22h04
Aedes aegypti
Aedes aegypti (Arquivo Agência Brasil/)
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A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que pode causar febre, dores no corpo, náuseas, vômitos e, em alguns casos, complicações graves que podem levar à morte.

O Rio de Janeiro enfrenta um cenário preocupante, com um aumento expressivo de casos e a circulação de diferentes sorotipos do vírus, que aumentam o risco de reinfecção e epidemia. A cidade registra mais de 4 mil casos de dengue em 13 dias; número que representa alta de 669%.

Para esclarecer as principais dúvidas sobre a dengue, convidei o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, para explicar as medidas de prevenção, diagnóstico, tratamento e vacinação contra a dengue.

Dr. Fabiano M. Serfaty: Qual é a situação atual da dengue no Rio de Janeiro?

Dr. Daniel Soranz: A situação é de alerta. Nós temos uma tendência de alta nos casos de dengue na cidade, que pode se agravar nas próximas semanas, com as chuvas e o calor. Nós estamos próximos de viver uma epidemia, se não houver um empenho de toda a população, da prefeitura e dos órgãos públicos na eliminação dos focos do mosquito. Nós temos três tipos de sorotipos da dengue circulando na cidade: os sorotipos 1, 2 e 4. A maioria da população carioca é suscetível a esses sorotipos, e a entrada de um novo sorotipo, como aconteceu recentemente em relação ao tipo 4, nos deixa em maior risco de infecção.

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Dr. Fabiano M. Serfaty: Quais são os sintomas da dengue e como é feito o diagnóstico?

Dr. Daniel Soranz: Os sintomas da dengue são: febre, dores de cabeça, dores no corpo e articulações, náuseas e vômitos, podendo ainda surgir manchas vermelhas na pele. O diagnóstico é feito através de exames de sangue, que detectam a presença do vírus ou dos anticorpos produzidos pelo organismo. O diagnóstico precoce é muito importante para evitar complicações e óbitos.

Dr. Fabiano M. Serfaty: Como é o tratamento da dengue e quais são as recomendações para os pacientes?

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Dr. Daniel Soranz: O tratamento da dengue é sintomático, ou seja, visa aliviar os sintomas e evitar a desidratação. Não há um medicamento específico para combater o vírus. As recomendações para os pacientes são: fazer repouso, beber bastante líquido, usar antitérmicos e analgésicos prescritos pelo médico, evitar medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento, como aspirina e anti-inflamatórios, e procurar atendimento médico imediato em caso de sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos, queda da pressão arterial, entre outros.

Dr. Fabiano M. Serfaty: Existe vacina contra a dengue? Quem pode tomar e onde encontrar?

Dr. Daniel Soranz: Existe uma vacina contra a dengue aprovada pela Anvisa. A vacina é aplicada em três doses, com intervalos de seis meses entre elas, e será incluída no calendário vacinal pelo Ministério da Saúde.

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Dr. Fabiano M. Serfaty: Quais são as medidas de prevenção contra a dengue e como a população pode colaborar?

Dr. Daniel Soranz: A principal medida de prevenção contra a dengue é eliminar os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em locais que acumulam água parada. É preciso verificar e limpar periodicamente calhas, caixas d’água, vasos de plantas, pneus, garrafas, latas, entre outros objetos que possam servir de depósito para o mosquito. Também é recomendado usar telas nas janelas, mosquiteiros, repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo. A população pode colaborar denunciando os focos do mosquito pelo telefone 1746 ou pelo aplicativo Rio 1746, e participando das ações de mobilização e conscientização promovidas pela prefeitura.

Fonte:

1. https://www.rio.rj.gov.br/web/sms/dengue

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