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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva
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USP conclui que sedentarismo está relacionado a sintomas de Covid longa

Pesquisadores atestaram que maior parte dos pacientes que afirmam padecer de ao menos um sintoma de Covid longa tinha vida sedentária

Por Gilberto Ururahy
15 fev 2023, 10h16
Mulher deitada no sofá come salgadinhos e segura o controle remoto.
Nova pesquisa da USP relacionou sedentarismo aos sintomas de Covid longa. (Shutterstock/Reprodução)
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Pesquisa coordenada pela USP e divulgada recentemente concluiu que pacientes que apresentam ao menos um sintoma persistente de Covid tem probabilidade 57% maior de terem levado uma vida sedentária antes da doença. Publicado na revista Nature Medicine, o estudo é um dos primeiros a investigar o impacto da atividade física regular em quadros de Covid longa, ou seja, quando os sintomas persistem por ao menos dois meses.

Cerca de 600 pacientes participaram da pesquisa, com faixa etária média de 56 anos, todos internados entre março e agosto de 2020, no Hospital das Clínicas de São Paulo. Depois da hospitalização, os pacientes passaram a ser acompanhados por um grupo de pesquisadores que investigaram a rotina de atividade física, estilo de vida e possíveis sintomas associados à doença. A avaliação considerou como critério pelo menos 150 minutos por semana de atividade física, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Além dos 57% de sedentários, os pesquisadores chegaram a conclusão que dos pacientes investigados, 60% apresentavam uma alta taxa de comorbidades: 17% eram obesos, 35% de diabéticos, 37% eram fumantes e 58% tinham pressão alta. As estatísticas coletadas pela USP confirmam os números depreendidos nas consultas com médicos na Med Rio Check-up, em que o sedentarismo também é um traço significativo: 65% dos clientes não praticam atividade física regular. Além disso, 60% estão acima do peso, 35% sofrem de insônia e 40% aumentaram o consumo de bebidas alcoólicas.

Em Encontro Científico realizado na Med Rio Check-up em 2021, a pneumologista Margareth Dalcolmo foi categórica ao afirmar que as sequelas da Covid-19 vão muito além dos danos pulmonares. Por ser uma doença sistêmica, é capaz de comprometer todos os órgãos humanos, com grande potencial de sequelas neurológicas, vasculares, psiquiátricas e cardiológicas. “A reabilitação pós-Covid é quase uma especialidade médica”, afirmou à época.

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A ciência esclarece que a melhor receita para se manter distante de várias doenças – e não apenas dos sintomas longos de Covid – é o estilo de vida saudável. Além da prática regular de exercícios físicos, claro, é preciso estar atento à prática dealimentação equilibrada, noites reparadoras de sono, baixo consumo de bebidas alcoólicas, distância do tabagismo e a realizaão de exames preventivos.

Desta forma, é possível conquistar maior qualidade de vida e longevidade com autonomia.

Saúde é prevenção!

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Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, desenvolveu a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, Conselheiro estratégico da ABRH-Brasil e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-up.

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