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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Curiosidades da mostra sobre Vinícius de Moraes, no MAR

Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Helena Severo, são mais de 300 itens entre manuscritos, fotografias históricas, vídeos, livros raros, capas de discos etc.

Por Daniela
Atualizado em 20 out 2025, 11h06 - Publicado em 19 out 2025, 13h00
Helena Severo e Iole de Freirtas; Eucanaã Ferraz e Julia de Moraes; Emilio de Moraes e a tia Georgiana de Moraes  (Cristina Granato/Divulgação)
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Os netos de Vinicius, Julia e Emilio de Moraes
Os netos de Vinicius, Julia e Emilio de Moraes (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC7114 Ronaldo Bastos , Georgiana de Moraes , Beth Jobim e Eucanaã Ferraz - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Ronaldo Bastos, Georgiana de Moraes , Beth Jobim e Eucanaã Ferraz (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC7009 Helena Severo e Iole de Freirtas - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Helena Severo e Iole de Freirtas (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC6872 Mario Adnet e Geraldinho Carneiro - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Mario Adnet e Geraldinho Carneiro (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC 7060 Lucas Padilha , Julia de Moraes e Eucanaã Ferraz - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Lucas Padilha, Julia de Moraes e Eucanaã Ferraz (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC6882 Ana Holck , Eucanaã Ferraz , Renata Lima e Beth Jobim - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Ana Holck, Eucanaã Ferraz, Renata Lima e Beth Jobim (Cristina Granato/Divulgação)
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_DSC7000 Bibiana Berg e Carlos Trevi - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Bibiana Berg (superintendente de Cultura, Eventos e Patrocínios do Banco Santander)  e Carlos Trevi (coordenador do Santander Cultural) (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC7104 Leonel Kaz e France Perrin - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Leonel Kaz e France Perrin (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC7087 Renata Algebaile , Mariza Adnet e Fernanda Monteiro - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Renata Algebaile, Mariza Adnet e Fernanda Monteiro (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC7066 Eucanaã Ferraz , Vicente de Paula e Julia de Moraes - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Eucanaã Ferraz, Vicente de Paula e Julia de Moraes (Cristina Granato/Divulgação)
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_DSC6983 Helena Severo e Marcelo Velloso - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Helena Severo e Marcelo Velloso (Diretor-Executivo do Museu de Arte do Rio) (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC6966 Emilio de Moraes e sua tia Georgiana de Moraes - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Emilio de Moraes e a tia Georgiana de Moraes (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC6879 Eucanaã Ferraz e Gero Tavares - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Eucanaã Ferraz e Gero Tavares (Cristina Granato/Divulgação)
_DSC6950 Beth Jobim e Maria do Carmo Jobim - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Beth Jobim e Maria do Carmo Jobim (Cristina Granato/Divulgação)
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_DSC6872 Mario Adnet e Geraldinho Carneiro - Exposição VINICIUS DE MORAES - MAR - OUT 2025 - CG
Mario Adnet e Geraldinho Carneiro (Cristina Granato/Divulgação)
piano
O piano de Vinicius (Cristina Granato/Divulgação)

Se Vinicius de Moraes estivesse vivo, provavelmente teria perdido a hora da abertura da própria exposição — mas, como sempre, chegaria com um copo de uísque na mão e um poema pronto. No fim de semana de comemoração de 112 anos, o Museu de Arte do Rio (MAR) virou um cenário dos anos 60 com clima de “Chega de Saudade”, com a abertura da mostra “Vinicius de Moraes – por toda a minha vida”.

Logo na entrada, um visitante disse  “Vinicius viveu tão intensamente que até o amor ficou com inveja”. Parte da árvore genealógica do poetinha (que casou nove vezes) estava lá: a filha Georgiana de Moraes (com Maria Lúcia Proença), e os netos Júlia e Emílio de Moraes (filhos do fotógrafo Pedro de Moraes — ele era o único filho homem de Vinícius com a jornalista Tati de Moraes). Pelo número de casamentos, foram relativamente poucos filhos: cinco, vindos de três casamentos (Suzana, Georgiana, Pedro, Maria e Luciana).

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“Meu pai (Pedro) dizia que meu avô (Vinicius) enxergava o mundo como quem escrevia um bilhete de amor. E que nunca usava ponto final”, definiu Júlia.

Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Helena Severo, são mais de 300 itens — manuscritos, fotografias históricas, vídeos, livros raros, capas de discos, objetos, documentos pessoais, instrumentos musicais, esculturas e obras de arte de artistas amigos de Vinicius. A mostra já passou por São Paulo e Porto Alegre, mas chega ao Rio com projeto expográfico novo, acervo ampliado e peças exclusivas.

“Vinicius foi um dos construtores do Brasil moderno — aquele que se reconhece na poesia, na música, no afeto e na liberdade. Sua obra atravessa o século XX como um fio de beleza e humanidade, revelando um país que aprendeu a cantar o amor e a emoção. Propomos um percurso sensível por sua vida e criação, pela alegria e delicadeza com que soube transformar o cotidiano em arte”, analisa Severo.

A mostra está dividida em núcleos temáticos, propondo um passeio afetivo e estético pela vida e carreira de Vinicius — o poeta, diplomata, dramaturgo, jornalista, compositor e cantor conhecido por várias gerações. “Não se trata apenas de uma mostra linear, didática. A ambição é bem maior: reconstituir visualmente a largueza do espírito de Vinicius”, comenta Ferraz.

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O clima era de nostalgia e uma certa dose de inveja do romantismo de Vinicius. “Ele dizia que o amor é eterno enquanto dura. O problema é que o bar fechava antes”, comentou um jornalista. E as observações foram sem pressa, mas com muita gente fazendo planos de voltar.

Curiosidades e destaques:

— O núcleo dedicado ao livro infantil “A Arca de Noé” (lançado em 1980, com ilustrações de Elifas Andreato), com reprodução da arca, animais e ambientação sonora com músicas e desenhos;

— Manuscritos, livros, poemas, vídeos e fotografias — muitos inéditos ou mostrados pela primeira vez ao público — como versões preliminares de canções como “Chega de Saudade” e “Garota de Ipanema”;

— Instrumentos que pertenceram ao “Poetinha” — um piano e um violão — mostrados pela primeira vez;

— A importância de suas parcerias musicais (como Tom Jobim, João Gilberto) e artísticas (como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Elifas Andreato);

— Um espaço totalmente dedicado ao espetáculo “Orfeu da Conceição” (1956) — com cartazes originais, croquis de figurinos, fotografias de ensaios e um desenho em alto-relevo de Niemeyer para o cenário. Um convidado dizia: “Imagina se o Niemeyer e o Vinicius resolvessem decorar um apartamento juntos. Não sobrava parede pra tanta curva”;

— A carreira diplomática de Vinicius no Itamaraty e sua polêmica exoneração durante a Ditadura Militar — que, convenhamos, combina muito com sua máquina de expressar liberdade.

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